Nesta semana, a influenciadora Tata Estaniecki contou aos seguidores que descobriu ter uma terceira mama na axila. A mãe da pequena Beatriz, de 3 anos, e do recém-nascido Caio, de 6 dias, achava que apenas tinha um "pelo encravado" na região.
"Achei que era um pelo encravado na axila. Esse pelo só 'encravou' nas duas gestações, na gestação da Bia também apareceu, mas nem dei bola, e ele sumiu. Na gestação do Caio, também voltou, e achei estranho, esse pelinho só encrava quando estou grávida", relembrou nos stories.
Foi durante uma consulta com a obstetra que ela soube que se tratava de uma mama acessória.
"Isso acontece quando você tem o tecido mamário fora da região do peito e acaba vindo para a axila. E aí, se eu apertar essa bolinha, sai leite", contou. A influenciadora ainda revelou que precisa "ordenhar" o "carocinho" (tirar o leite) e que sente dor ao apertar a região.
Em entrevista ao R7, em fevereiro deste ano, a médica ginecologista e obstetra da BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo Carolina Cunha explicou que a mama acessória, ou polimastia, como também é chamada, tem características muito parecidas com a mama "normal" (no lugar correto), como a capacidade de produzir leite. O "furo" por onde ele sai é o ducto mamário.
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"Esse caso é bem característico de uma falha de regressão do tecido da mama. Então, no período embrionário, ela [mama] não regride e fica o que chamamos de mama acessória. É como se fosse uma outra mama mesmo, só que fora do lugar", disse a especialista.
E acrescenta: "A prevalência é de 0,1% a 1% na população. Teoricamente pode ocorrer em qualquer mulher, mas na prática não é tão comum".
O local de incidência mais comum é a axila, mas ela também pode aparecer nas regiões abdominal e pélvica.
A mama acessória não traz danos à mulher, mas pode causar dores e sensação de inchaço no local — sintomas relatados por Tata.
Esses incômodos podem aumentar de intensidade durante o período menstrual e, como no caso da influenciadora, no pós-parto (durante a amamentação).
Ainda não existe tratamento medicamentoso para a polimastia, mas há a possibilidade de retirar a terceira mama por meio de uma cirurgia – a viabilidade do procedimento e o diagnóstico do quadro devem ser feitos por um especialista (mastologista ou ginecologista).
Vale ressaltar que ter uma terceira mama não aumenta a chance de desenvolver câncer de mama (as estatísticas são as mesmas de uma mama habitual).
Sendo assim, a pessoa deve ficar atenta aos principais fatores de risco para a doença, como herança genética, menarca precoce, menopausa tardia, sedentarismo, obesidade e etilismo.
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