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Entenda por que a Rússia sugere não exagerar na bebida após vacinação

País recomendou 42 dias sem beber; consumo exagerado de álcool interfere na resposta imunológica induzida pela vacina, explica infectologista

Saúde|Do R7

Após a vacinação, não é o momento de extrapolar na bebida, diz infectologista
Após a vacinação, não é o momento de extrapolar na bebida, diz infectologista Após a vacinação, não é o momento de extrapolar na bebida, diz infectologista

Uma declaração da vice-primeira-ministra russa Tatiana Golikova de que seria preciso permanecer 42 dias sem ingerir bebidas alcoólicas após a vacinação contra a covid-19, para que não haja interferência na formação da resposta imune, causou polêmica.

Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em Moscou, que produz a Sputinik V, explica que não se proibe a ingestão de álcool, apenas se sugere o consumo moderado.

"Obviamente, não há proibição total do álcool durante todo o curso da vacinação. Falamos em moderação razoável no consumo até que o corpo tenha formado sua resposta imunológica à infecção por coronavírus. Isso se aplica não apenas à Sputnik V, mas a qualquer outra vacina", explica. 

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Ele ressalta que o consumo excessivo de álcool pode reduzir significativamente a imunidade, tornando a vacinação menos eficaz ou "totalmente inútil".

"Da mesma forma, durante os 42 dias em que a imunidade ao coronavírus está sendo formada, não é recomendado o uso de imunossupressores. Todas essas são apenas recomendações padrão durante a vacinação para atingir sua eficácia máxima. No entanto, os médicos recomendam não beber álcool por três dias após cada injeção", acrescenta. 

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A infectologista Lina Paola Rodrigues, da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que bebidas alcóolicas em grandes quantidades interferem na formação da imunidade, assim como na recuperação de doenças infecciosas e eficácia de antibióticos. "Interfere no funcionamento metabólico de forma geral", afirma.

"A primeira dose da vacina vai criar a chamada resposta imunológica primária; 21 dias depois, quando receber a segunda dose, será formada a resposta imunológica secundária, que é uma memória de proteção. Por isso que são 42 dias", esclarece.

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Isso não quer dizer que não seja permitido tomar uma taça de vinho ou um copo de cerveja, conforme exemplifica a infectologista. "Não são recomendadas doses elevadas de álcool. Após tomar a vacina, não é o momento de extrapolar na bebida, pois o organismo está fazendo um trabalho extenuante para montar uma resposta imunológica", orienta. 

"Até é possível que o corpo gere uma resposta imunológica, mas ela não será tão boa. Por exemplo, se o esperado pela vacina é uma resposta imunológica de 90%, talvez se alcance 60%", finaliza. 

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