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Governo lança aplicativo para auxiliar no atendimento ao idoso

Outra novidade é a implementação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa

Saúde|Do R7*

Número de idosos representará 18,7% da população
Número de idosos representará 18,7% da população Número de idosos representará 18,7% da população

O Ministério da Saúde vai qualificar o atendimento aos idosos na rede pública de saúde. A Estratégia Nacional para o Envelhecimento Saudável foi lançada nesta segunda-feira (6) e traz, pela primeira vez, orientações aos profissionais de saúde e gestores para aumentar a qualidade de vida desta população. Entre as novidades, está a criação de um aplicativo para ajudar os profissionais de saúde no atendimento ao idoso.

O aplicativo é lançado em parceria do Ministério da Saúde, em parceria com a UNASUS/DF (Universidade Aberta do SUS), e possui três ferramentas para subsidiar profissionais de saúde na avaliação das pessoas idosas. Com o aplicativo, será possível identificar o idoso vulnerável na comunidade, identificar a vulnerabilidade familiar para definir o foco do acompanhamento e avaliar a massa corporal em relação à altura, detectando o estado nutricional dos idosos. A ferramenta estará disponível gratuitamente pelo Google Play para Android.

Outra novidade é a atualização e implementação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, que permite conhecer as necessidades de saúde dos idodos atendidos. As informações contidas nesse documento passarão a ser inseridas no Prontuário Eletrônico. Pela Caderneta é possível identificar o comprometimento da capacidade funcional, condições de saúde, hábitos de vida, vulnerabilidades, além de ofertar orientações para o autocuidado como alimentação saudável, atividade física, prevenção de quedas, sexualidade e armazenamento de medicamentos. De acordo com o ministério, em 2017, serão distribuídas 3,9 milhões de exemplares aos municípios, um investimento de R$ 2,9 milhões. Em 2018, mais 1,5 milhão de unidades serão entregues.

Ainda de acordo com o ministério, outra novidade é a implementação do atendimento multidimensional em que o foco deixa de ser apenas na doença. O cuidado passa a ser orientado pela avaliação clínica, psicossocial e funcional, o que permitirá identificar as reais necessidades de cada caso. Assim, o acompanhamento desses pacientes será norteado a partir de um projeto terapêutico individual, com ações de promoção da saúde, prevenção de doenças e agravos, tratamentos, reabilitação e cuidados paliativos.

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Com as novas medidas, o atendimento às pessoas com 60 anos ou mais deve priorizar avaliação funcional e psicossocial, além dos dados clínicos. O objetivo é reduzir a perda da autonomia, aumentar o desempenho cognitivo e a sobrevida desses pacientes.

Multidão de idosos

O Brasil possui a 5ª maior população idosa do mundo, com cerca de 29,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Deste total, 69,9% são independentes para o autocuidado e 30,1% têm alguma dificuldade para realizar atividades da vida diária, segundo o ministério. Desta parcela, 17,3% tem muita dificuldade com atividades instrumentais, que são aquelas diárias, como preparar alimentos, cuidar da casa, se deslocar; e outros 6,8% apresentam dificuldades com atividades básicas, como se vestir e se alimentar.

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De acordo com as estimativas, em 2030, o número de brasileiros idosos ultrapassará o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos, e representará 41,5 milhões de pessoas, ou 18,7% da população.

“O Brasil está com a projeção de ter um crescimento de pessoas idosas muito maior que outros países e de forma muito acelerada. Com isso, precisamos estar mais preparados para essa nova realidade e é justamente isso que estamos fazendo. A nossa proposta é que o olhar não seja focada apenas na doença e sim na saúde, ou seja, vamos parar de financiar a doença e investir em um atendimento integral à população idosa, justamente para evitar que essas pessoas desenvolvam doenças”, destaca o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

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Viver bem na velhice exige investir na saúde e bons relacionamentos

O avanço das doenças crônicas nessa população também preocupa. Atualmente, entre os idosos de 60 a 69 anos, 25,1% tem diabetes, 57,1% foram diagnosticados com hipertensão, além de a maioria estar com excesso de peso (63,5%) e 23,1% com obesidade, segundo o ministério.

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O atendimento deve ser feito por meio da Atenção Básica, principal porta de entrada para o SUS, em uma das 41.688 Unidades Básicas de Saúde distribuídas por todo o Brasil. Quando for necessário, o paciente será encaminhado a unidades especializadas de saúde.

A partir de amanhã (7), o Ministério da Saúde vai colocar em consulta pública o documento com as orientações técnicas para implementação da linha de cuidado da pessoa idosa no SUS, para colaboração de cidadãos e especialistas. O documento ficará disponível para contribuições por 30 dias no link.

* texto de Dinalva Fernandes

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