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Médico recomenda descarte de embrião com propensão ao câncer

Bárbara Evans, que faz fertilização in vitro, divulgou que teve 4 embriões inutilizados após biópsia indicar chance de melanoma

Saúde|Lucas Pimentel*, do R7

Bárbara Evans chora ao falar sobre a expectativa de obter embriões viáveis para tratamento
Bárbara Evans chora ao falar sobre a expectativa de obter embriões viáveis para tratamento Bárbara Evans chora ao falar sobre a expectativa de obter embriões viáveis para tratamento

A biópsia embrionária, procedimento divulgado pela modelo Bárbara Evans, 30, nas redes sociais, é feita para detectar alterações genéticas em embriões antes que sejam transferidos para o útero durante o tratamento de fertilização in vitro, conforme explica o ginecologista e obstetra Geraldo Caldeira, membro da SBRH (Sociedade Brasileira de Reprodução Humana). Segundo ele, o descarte de embriões com predisposição a doenças é recomendado, pois possuem grande chance de que elas se desenvolvam durante a vida.

“Quando se faz o estudo genético para detectar uma doença específica e ela é identificada, esses embriões não são utilizados, pois possuem grande chance de desenvolver a doença pesquisada”, explica Caldeira.

A modelo está se submetendo a um processo de fertilização in vitro para gerar seu primeiro filho com o empresário Gustavo Theodoro. Segundo ela, sete embriões passaram por biópsia embrionária e quatro deles foram descartados por terem apresentado indicação de predisposição à melanoma, tipo mais grave de câncer de pele.

O ginecologista explica que, pelo fato da mãe de Bárbara, a ex-modelo Monique Evans, 65, ter tido a doença, que dispõe de alta possibilidade de se disseminar para outros órgãos, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), a realização do estudo foi necessária para procurar genes específicos para melanoma. Esse tipo de tumor representa apenas 3% dos casos de câncer de pele no Brasil.

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“No caso da Bárbara, ela tem histórico familiar. Sua mãe já teve melanoma e por isso fez o estudo genético, para ver síndromes e especificamente a presença desse gene”, diz Caldeira.

Segundo o ginecologista, caso uma alteração genética, como Síndrome de Down, seja detectada na biópsia, a chance de que seja desenvolvida é de 100%; nos casos de câncer, não é possível precisar a chance do desenvolvimento da doença ao longo da vida, mas o médico garante que a possibilidade é alta.

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A biópsia, segundo Caldeira, é feita retirando do embrião 5 células da parte que formará a placenta. Após este processo, as células são analisadas a fim de detectar a presença de síndromes genéticas ou predisposição a alguns tipos de câncer. O estudo fica pronto em torno de 10 dias. Caldeira explica que o processo não é realizado em todos os tratamentos de fertilização in vitro pelo custo adicional.

“Esse estudo não é feito em todo mundo ainda pelo seu preço. Uma fertilização in vitro sem biópsia custa em média R$ 22 mil e, com o estudo, incluindo o congelamento do embrião e pesquisa genética, pode chegar a R$ 30 mil”, afirma Caldeira.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Deborah Giannini

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