A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou nesta segunda-feira (21) que não há evidências de que a nova cepa ou variante do coronavírus identificada no Reino Unido cause uma infecção mais grave ou afete a eficácia dos testes de diagnóstico e vacinas disponíveis.
As autoridades britânicas informaram à OMS "que não acreditam que isso terá qualquer impacto sobre a vacina", disse Maria Van Kerkhove, coordenadora da gestão da pandemia da covid-19 na OMS, em uma entrevista coletiva em Genebra.
Em vez disso, a especialista confirmou que a nova cepa seria transmitida com mais facilidade, explicando que no Reino Unido a taxa de reprodução do vírus (quantas pessoas estão contaminadas por cada pessoa infectada) passou de 1,1 para 1,5, coincidindo com a propagação desta variante.
O ECDC (Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças) também manteve o mesmo posicionamento da OMS.
"Não há nenhum indício até este momento de uma maior gravidade infecciosa associada à nova variante", informou em comunicado a entidade sediada em Estocolmo, na Suécia.
De acordo com o ECDC, estão sendo realizados estudos para determinar o risco de reinfeccções e a eficácia das vacinas na nova cepa, que também já foi detectada em outros países.
"Como não há evidência suficiente para revelar até que ponto a nova variante do vírus foi transmitida fora do Reino Unido, são necessários esforços pontuais para prevevir e controlar sua propagação", avisou o ECDC.
O governo britânico reforçou há dois dias as restrições de circulação da população em Londres e no sudeste da Inglaterra devido ao alarmante aumento dos casos de covid-19, fenômeno que especialistas associam a uma nova e altamente contagiosa variante do coronavírus.