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Principal teoria sobre as causas do Alzheimer é posta em dúvida por novo estudo

Segundo pesquisa realizada na Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, a doença surge no interior dos neurônios, e não no exterior, como se acreditou nas últimas décadas

Saúde|

O Alzheimer é a principal doença degenerativa entre a população
O Alzheimer é a principal doença degenerativa entre a população O Alzheimer é a principal doença degenerativa entre a população

A principal hipótese sobre o desenvolvimento do Alzheimer é cada vez mais criticada, a ponto de os cientistas se perguntarem se seguiram uma falsa pista na busca por um medicamento nas últimas décadas.

A teoria da "cascata amiloide" serviu como base nos últimos 20 anos de investigação sobre essa doença degenerativa, mas sem resultados palpáveis. Apesar de se tratar da demência mais conhecida e comum, as causas e seu desenvolvimento seguem desconhecidos.

Uma das poucas certezas é a de que os doentes de Alzheimer apresentam placas de proteínas, chamadas amiloides, que se formam ao redor dos neurônios e os destroem. Mas essas placas representam a principal causa? Ou seria a consequência de outra patologia? Essa é a principal dúvida dos cientistas.

Segundo a teoria da "cascata", o Alzheimer se deve à formação dessas placas. No entanto, essa hipótese gera cada vez mais dúvidas, três décadas depois de ter sido formulada pelo biólogo britânico John Hardy.

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Um estudo publicado nesta quinta-feira (2) pela revista Nature Neuroscience põe em dúvida o papel das placas de proteínas e defende a hipótese de que, na realidade, o Alzheimer surgiria no interior dos neurônios, e não no exterior.

Essa publicação, baseada em análises em camundongos geneticamente modificados, aponta para uma possível disfunção dos lisossomos, organelas celulares que servem para "digerir" esses componentes inúteis ou degradados. 

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"Esses novos elementos abalam as convicções que tínhamos sobre o funcionamento da doença de Alzheimer", disse o biólogo americano Ralph Nixon, que orientou esse estudo, realizado na Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. 

Essa pesquisa não altera por si só o consenso científico sobre a doença de Alzheimer, uma vez que a hipótese deve ser confirmada em humanos. No entanto, faz parte de um questionamento geral da teoria da "cascata", que norteou os esforços da indústria farmacêutica em vão. 

O laboratório americano Biogen desenvolveu o único medicamento autorizado contra essa doença degenerativa, mas sua eficácia é questionada pela comunidade científica.

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