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SP lança plano para testar 18 vezes mais covid-19 que a média brasileira

Em todo o país são realizados 1.500 testes por milhão de habitantes; governo paulista vai elevar número para 27 mil exames por milhão

Saúde|Fernando Mellis, do R7

SP ampliou capacidade laboratorial para 5.000 testes/dia
SP ampliou capacidade laboratorial para 5.000 testes/dia SP ampliou capacidade laboratorial para 5.000 testes/dia

O estado de São Paulo terá capacidade, ainda no mês de maio, de fazer testes RT-PCR (que detecta o coronavírus na fase aguda da infecção) em cerca de 27 mil pessoas a cada milhão de habitantes.

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, que coordena a rede laboratorial, afirmou que este número é muito superior ao da média brasileira, que é de 1.500 por milhão.

Com isso, os laboratórios que atendem à rede pública do estado vão poder testar até 18 vezes mais do que o Brasil testa hoje.

"O Brasil hoje tem uma posição das mais inferiores, realiza em torno de 1.500 testes de PCR por milhão de habitantes. Na Itália, por exemplo, isso passou de 30 mil exames de PCR por milhão de habitantes. Portugal, quase 35 mil exames. Com 1,3 milhão de testes que o estado já adquiriu, vamos estar com 27 mil testes por milhão de habitantes. Vamos estar entre os países que mais testaram com RT-PCR", afirmou Dimas Covas em entrevista coletiva nesta quinta-feira (30).

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Leia também: Por que o Brasil ainda não conseguiu fazer testes em massa de covid-19?

O governo estadual comprou 1,3 milhão de testes RT-PCR da Coreia do Sul, ao custo de R$ 85 milhões, o que permitiu a ampliação da capacidade de 2.000 exames/dia para 5.000 exames/dia atualmente. A expectativa é que chegue a 8.000 até o dia 18 de maio.

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O presidente do Instituto Butantan apresentou hoje um plano de ampliação dos testes de coronavírus que incluem, além do uso do RT-PCR, os testes rápidos, que são feitos após a pessoa ficar curada e identificam os anticorpos.

"No momento estamos testando o RT-PCR, estamos procurando o vírus nos pacientes graves, nos pacientes internados, nos óbitos e nos profissionais de saúde. A fase que se aproxima, que tem que ser implementada até o dia 15 de maio, poderá ser implementada antes, é o que nós chamamos do uso dos testes para anticorpos, os testes que identificam a cicatriz, a resposta do organismo à infecção."

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Testes rápidos

Teste rápido detecta anticorpos no sangue
Teste rápido detecta anticorpos no sangue Teste rápido detecta anticorpos no sangue

O estado recebeu recentemente 300 mil testes rápidos, enviados pelo Ministério da Saúde, e comprou mais 500 mil.

Estes serão usados para fazer exames em 130 mil funcionários da segurança pública, em profissionais de saúde, detentos, internos da Fundação Casa, idosos em asilos e doadores de sangue.

No caso da segurança pública, que inclui também bombeiros, e profissionais de saúde, os testes rápidos são fundamentais, segundo Covas.

"Os que já foram infectados podem estar na frente de batalha. Os que ainda são suscetíveis podem ter aí uma orientação um pouco mais conservadora do ponto de vista de comportamento."

O primeiro plano de ampliação de exames com o uso de testes rápidos será feito na capital paulista. com 35 mil policiais militares e familiares deles, totalizando 145 mil pessoas.

"Vamos ter uma fotografia muito precisa da epidemia. Vamos saber exatamente a transmissibilidade, como é que isso se disseminou na região. Vamos ter todos os dados com uma precisão muito grande para extrapolar isso para as outras análises", explicou o presidente do instituto.

Testes são essenciais para controle da pandemia

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que a realização do maior número possível de testes seja um dos pilares das políticas de enfrentamento da pandemia de covid-19.

"Não basta a fotografia de ontem ou da semana passada, Temos que acompanhar o que vem acontecendo para fazer uma projeção do que vai acontecer daqui a algum tempo, para avaliar se as medidas que estamos tomando estão sendo eficientes para fazer a epidemia caber dentro do sistema de saúde."

O professor acrescentou ainda que "temos que tomar medidas para que a epidemia caiba dentro do nosso sistema de saúde", entre elas o distanciamento social.

"Quando se discute se vai ter maior ou menor grau de isolamento, no fundo estamos discutindo se a epidemia vai estar dentro do sistema de saúde ou não. [...] Caso contrário, nós seremos Itália. Acho que em números também."

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