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Astronauta diz que turismo espacial não prejudicará o meio ambiente

Ellen Weber argumenta que a agência espacial norte-americana utiliza combustíveis que não são tão poluentes

Tecnologia e Ciência|Da EFE

No futuro próximo, será possível comprar passagens para ir além da atmosfera
No futuro próximo, será possível comprar passagens para ir além da atmosfera No futuro próximo, será possível comprar passagens para ir além da atmosfera

Ex-astronauta da Nasa, Mary Ellen Weber afirmou nesta sexta-feira (5) que os voos turísticos espaciais não afetarão gravemente o meio ambiente e ressaltou que a agência espacial norte-americana já trabalha em combustíveis menos prejudiciais para o planeta.

"Muitas coisas afetam o meio ambiente. Não tenho certeza de que serão tantos voos espaciais turísticos por ano para que haja um impacto dramático no meio ambiente", disse a ex-astronauta durante um encontro com veículos de imprensa na embaixada dos EUA em Nur-Sultan, a capital do Cazaquistão.

"Assim, sei que a Nasa está trabalhando para formular combustíveis para os lançamentos e operações que serão menos prejudiciais ao meio ambiente. Sei que está investindo muito dinheiro para tentar torná-los mais seguros" para o planeta, afirmou Weber, que participou de dois voos espaciais, um no ônibus espacial Discovery em 1995 e outro no Atlantis em 2000.

Em 2001 aconteceu o primeiro voo turístico para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), com o magnata americano Dennis Tito, enquanto o último a vivenciar essa experiência foi o fundador do Cirque du Soleil, o canadense Guy LaLiberté, em 2009.

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Rússia e EUA decidiram suspender o turismo espacial depois que as naves Soyuz russas se transformaram em 2011 no único elo entre a Terra e a ISS com a aposentadoria das naves americanas devido à falta de espaço, entre outras coisas, já que a tripulação da estação orbital duplicou de três para seis pessoas.

Contudo, a agência espacial russa Roscosmos decidiu tentar mais uma vez com a cantora britânica Sarah Brightman, que alegou "motivos familiares" para suspender em cima da hora os planos de voar à ISS em 2015.

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Recentemente, a Roscosmos e a companhia americana Space Adventure assinaram um contrato para realizar voos curtos com destino à ISS antes do fim de 2021, com a participação de dois cosmonautas não profissionais a bordo de uma só nave.

Além disso, a Rússia anunciou um novo projeto destinado a promover o turismo espacial, que permitirá aos mais corajosos repetir o voo ao redor da Terra que o cosmonauta Yuri Gagarin, o primeiro a ser lançado no espaço da história, realizou em 12 de abril de 1961 durante 108 minutos.

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Recentemente, o consórcio fabricante da Soyuz admitiu que o preço de uma passagem para o espaço pode diminuir devido ao início dos voos das naves espaciais privadas nos Estados Unidos, país que deve colocar em órbita nos próximos dois anos os aparatos Starliner (Boeing) e Crew Dragon (SpaceX).

Ao ser perguntada sobre sua experiência, Mary Ellen Weber, que deixou a Nasa em 2002, opinou que voar para o espaço é "algo muito difícil e muito perigoso" e que "cada astronauta deve estar preparado para não voltar".

O fato de ser obrigado a contratar um seguro de vida - a Nasa exclui voos espaciais - e de ter que designar uma pessoa do entorno profissional para que seja o ponto de contato da família caso aconteça o impensável, é "estressante em certo sentido", confessou Weber.

Para a ex-astronauta, "o mais estressante quando se voa ao espaço é que você não quer cometer nenhum erro", porque "uma coisa é você não voltar para casa e outra é a equipe não voltar por algo ou algum erro que você cometeu".

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