Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria anunciaram a descoberta da mais antiga espécie de dinossauro de pescoço longo no Brasil, com cerca de 225 milhões de anos. O resultado foi divulgado na edição deste mês da publicação científica britânica Biology Letters.
O animal recebeu o nome de Macrocollum itaquii e foi encontrado durante escavações no município de Agudo, interior do Rio Grande do Sul, em 2013. Nos últimos anos, foi realizado um trabalho rigoroso para extrair os fósseis das rochas em que foram encontrados.
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O novo dinossauro foi descrito a partir de três esqueletos fossilizados, que são consideradas a primeira ocorrência de esqueletos completos no país.
Os vestígios fósseis com essa datação são considerados raros pelos pesquisadores. Há um número maior de estudos que encontraram espécies anteriores e posteriores ao período de 225 milhões de anos atrás. A datação do Macrocollum itaquii corresponde ao momento histórico em que os dinossauros dominavam quase que toda a Terra.
Características e estilo de vida
O novo dinossauro brasileiro possui características dentárias que indicam que ele se alimentava de plantas. O tamanho avantajado do pescoço fazia a espécie atingir cerca de 3,5 metros de comprimento.
Outra novidade revelada pelos fósseis bem preservados é que esses animais possivelmente andavam em grupos, um comportamento chamado de gregarismo. Essa também é a mais antiga evidencia desse tipo de hábito em sauropodomorfos.
Origem do nome
O nome “Macrocollum” significa pescoço longo, em referência a principal característica do animal. Já “itaquii” faz homenagem a José Jerundino Machado Itaqui, que foi um dos principais responsáveis pela criação do Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia, onde os fósseis do dinossauro estão depositados.