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CEOs negam que tenham poder demais em audiência nos EUA

Mark Zuckerberg, Sundar Pichai, Tim Cook e Jeff Bezos responderam perguntas de congressistas sobre monopólio no mercado de tecnologia

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques e Sofia Pilagallo do R7

Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple) e Jeff Bezos (Amazon)
Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple) e Jeff Bezos (Amazon) Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple) e Jeff Bezos (Amazon)

Os CEO das maiores empresas de tecnologia do mundo, Facebook, Google, Apple e Amazon participaram de uma audiência no Congresso dos EUA, nesta quarta-feira (29), para responder questões sobre temas, como práticas de monopólio, uso de dados dos usuários e liberdade de expressão.

Cada um dos 15 congressistas da comissão teve 5 minutos para fazer perguntas para Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple) e Jeff Bezos (Amazon). O tempo restrito e os temas delicados fizeram com que muitas respostas não fossem aprofundadas. Vários dos questionamentos tiveram como respostas apenas "sim" ou "não".

Zuckerberg e Pichai foram os mais solicitados com perguntas que tratavam sobre o uso de dados dos usuários e a influência das plataformas nas eleições norte-americanas, marcadas para acontecer em novembro deste ano.

O executivo do Facebook foi questionado sobre a compra do Instagram ter sido motivada por entender que a rede social de fotos seria uma ameça aos negócios. Zuckerberg ressaltou que a plataforma era apenas uma das concorrentes desse segmento e se defendeu dizendo que as autoridades norte-americanas autorizaram a aquisição da empresa.

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Questões políticas

O deputado republicano Jim Jordan questionou o executivo do Google sobre uma possível tentativa de beneficiar o candidato democrata, Joe Biden, na corrida presidencial.

Já os representantes democratas, maioria no debate, questionaram o Facebook sobre o uso da plataforma para influenciar na eleição do atual presidente Donald Trump, em 2016. Em ambos os casos a influência na política foi negada e Zuckerberg destacou que houve avanços na rede social desde o escândalo da Cambridge Analytica. 

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O CEO do Google foi questionado também sobre a retirada da empresa de uma concorrência pelo contrato de computação em nuvem do Pentágono, em 2018, sob a alegação de que o projeto conflitaria com seus valores corporativos. Meses depois, o Comitê de Serviços Armados do Senado foi alertado de que os militares chineses estariam se beneficiando dessa retirada.

O republicano Ken Buck perguntou a Sundar Pichai: “Que valores o Google compartilha com a China comunista?” E, numa alusão ao processo que a plataforma de letras de música Genius move contra o Google, emendou: “A empresa teria seguido a cartilha de espionagem da China se não tivesse o monopólio do mercado?” O executivo respondeu que o Google tem presença muito restrita na China – não oferece a ferramenta de busca ou o YouTube – mas licencia músicas de várias empresas em território chinês. Segundo Pichai, a acusação de roubo de letras de música estaria ligada à disputa de mercado da Genius com essas empresas.

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Jeff Bezos, da Amazon, foi questionado sobre o uso de dados de sua plataforma para obter vantagem diante de concorrentes e tomar decisões sobre pequenos negócios. O executivo respondeu que essa prática não é permitida, mas que não poderia dizer que nunca houve uma violação.

O executivo da gigante do varejo foi questionado também se o tamanho de sua empresa não teria impedido pequenos negócios de negociar com outras plataformas de venda online. Ele respondeu apenas que não concordava com a tese e que os donos das lojas tem o direito de escolha.

Tim Cook, da Apple, foi alvo de poucas perguntas. A principal delas questionou o uso da App Store, loja de aplicativo da marca, para beneficiar desenvolvedores de algumas empresas e o acesso aos dados bancários dos usuários por forçar o uso do Apple Pay dentro dos apps. O executivo negou que a empresa tenha esse tipo de estratégia de negócio.

Durante a audiência os congressistas se exaltaram e bateram boca pelo menos duas vezes. Em determinandos momentos, demonstraram falta de conhecimento sobre o tema do debate e fizeram perguntas sobre o Twitter ou sobre a dificuldade em mandar e-mails ou fazer buscas por assuntos de interesse próprio. 

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