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Chegada do homem à Lua inspirou programa espacial brasileiro

Presidente da Agência Espacial Brasileira evita comparações com programa nacional

Tecnologia e Ciência|Tiago Alcantara, do R7

As missões da AEB são voltadas para a área civil e a exploração do espaço do ponto de vista pacifico
As missões da AEB são voltadas para a área civil e a exploração do espaço do ponto de vista pacifico As missões da AEB são voltadas para a área civil e a exploração do espaço do ponto de vista pacifico

Na próxima quinta-feira (24), boa parte do mundo estará comemorando o desfecho da Apollo 11 da Nasa. A missão que levou uma tripulação humana à Lua e de volta para a Terra marcou uma série de profissionais e até mesmo serviu como incentivo aos programas de países que não estavam envolvidos na disputa entre norte-americanos e russos pelo domínio do espaço.

Apesar de não haver uma ligação direta entre um projeto e outro, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, atendeu à reportagem do R7 por telefone para comentar o quanto os feitos dos norte-americanos, russos e demais potências espaciais influenciaram o programa espacial do Brasil.

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Astronauta caminha sobre a Lua durante a missão Apollo 16
Astronauta caminha sobre a Lua durante a missão Apollo 16 Astronauta caminha sobre a Lua durante a missão Apollo 16

— O programa espacial do mundo inteiro foi muito baseado nessas conquistas, realizadas ao final dos anos 50 e ao correr dos anos 60. Tanto do lado dos Estados Unidos quanto do lado da Rússia, é uma corrida muito forte para verificar quem desenvolvia os primeiros eventos. É claro que o mundo todo foi despertado por essas iniciativas. Daí para frente, todos foram motivados por esses grandes movimentos.

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Coelho afirma que os russos tinham um programa muito forte na área de lançadores – potencial oriundo do poder bélico do país europeu. Ele ainda lembra que da importância dos alemães, especialistas em foguetes.

Vale lembrar que o Brasil criou seu Centro Técnico da Aeronáutica em 1946, hoje chamado de Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), que responde diretamente ao Ministério da Aeronáutica. Nos moldes atuais, a Agência Espacial Brasileira foi criada em 1994 e é responsável por formular e controlar a política espacial brasileira.

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Absorção de tecnologia

Presidente da AEB ainda explica que essa motivação pela conquista espacial foi assimilada pelo Brasil e inspirou o projeto de criar condições de infraestrutura necessária para ter o desenvolvimento de um programa na área espacial.

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— A absorção da tecnologia se dá quando você se permite trabalhar junto com outras culturas, como por exemplo, que trabalhamos com os chineses desde os anos 80 até hoje. Naturalmente, no processo de desenvolvimento conjunto, há absorção de tecnologia de um lado e de outro.

Comparações com a Nasa

Acostumado com as comparações entre o programa da agência nacional e de outros países, Coelho comenta que temos uma situação e objetivos diferentes.

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Expedição Soyuz deste ano reuniu tecnologias das agências espaciais norte-americanas e russas
Expedição Soyuz deste ano reuniu tecnologias das agências espaciais norte-americanas e russas Expedição Soyuz deste ano reuniu tecnologias das agências espaciais norte-americanas e russas

— As pessoas sempre tentam comparar o nosso programa espacial com o programa dos países poderosos: Rússia, EUA, China, Índia, Israel e a Europa. Todos esses países, com pequenas exceções, foram motivados por questões de problemas com suas vizinhanças e fronteiras e problemas também de se impor como grandes lideranças mundiais. Aqui no Brasil, nosso programa sempre foi voltado para a área civil, para a exploração do espaço do ponto de vista pacifico. Essa motivação não existe no Brasil.

Em suas próprias palavras, Coelho define o programa brasileiro como “humilde e modesto” se comparado com os programas de outras potências. Entretanto, ele afirma que o programa espacial brasileiro é completo: aborda tanto os satélites, lançadores e também os centros de lançamento.

— A primeira coisa que determina o nosso objetivo é o benefício que nós podemos levar ao povo brasileiro com as nossas pesquisas.

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