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Conheça os golpes mais frequentes na internet e saiba se proteger

Navegar na internet pode ser arriscado e criminosos utilizam diversas técnicas para roubar informações pessoais e até de dados bancários

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Cibercriminosos usam diversas técnicas para atrair vítimas para golpes na internet
Cibercriminosos usam diversas técnicas para atrair vítimas para golpes na internet Cibercriminosos usam diversas técnicas para atrair vítimas para golpes na internet

Golpes na internet não são uma novidade, mas muitas pessoas ainda são enganadas por cibercriminosos todos os dias. Por falta de informação ou por distração, internautas são vítimas de esquemas que podem roubar desde informações pessoais até dados bancários .

Na última semana, um golpe que prometia internet grátis conseguiu uma média de 45 vítimas por minuto, de acordo com o monitoramento do dfndr Lab, orgamozação especializada em cibersegurança.

Em 24 horas, foram mais de 3 mil pessoas que acreditaram na promoção e clicaram no link falso. Em 4 dias, já eram mais de 65 mil pessoas.

Saiba quais são os golpes mais frequentes que circulam na web e como se proteger das técnicas usadas por golpistas.

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Promoções irresistível

Mensagens com promoções, brindes ou descontos são frequentes nas redes sociais nos dias que antecedem datas comemorativas como Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais.

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Promoção falsa de iPhone para o Dia dos Pais
Promoção falsa de iPhone para o Dia dos Pais Promoção falsa de iPhone para o Dia dos Pais

Números de telefones clonados e páginas falsas costumam estar por trás desse tipo de golpe. Os criminosos tentam atrair quem está buscando um bom presente por um preço em conta.

Ao clicar no banner ou no link da promoção, um questionário com algumas perguntas é aberto para dar a sensação de que se trata de algo verdadeiro.

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Essa a brecha que os cibercriminosos precisam para infectar o sistema ou roubar informações contidas no aparelho.

Outra característica do esquema é o pedido para compartilhar com amigos e grupos no celular para obter a vantagem.

Cadastro irregular

O medo de ficar com o nome sujo ou de perder benefícios, como o Bolsa Família, também são usados como iscas para roubar dados. 

A vítima clica em um link para preencher um cadastro e regularizar a situação, mas entrega todos os dados pessoais e bancários de uma só vez para criminosos.

Procurando um emprego?

São 13 milhões de brasileiros desempregados e vulneráveis para caírem em golpes na rede. Um suposto recrutador oferece vagas ou cursos preparatórios para uma determinada área. A oportunidade única e é preciso agir rápido para não perder a chance, mas há uma condição: pagar uma taxa.

A necessidade de voltar ao mercado de trabalho faz a vítima ser convencida, o valor pedido é pago e a pessoa que fez a proposta desaparece com o dinheiro.

Milionário bondoso

O golpe da loteria circula pelas caixas de e-mail há muito tempo. O texto afirma que um ganhador decidiu dividir o prêmio milionário com outras pessoas e escolheu você para receber uma boa quantia em dinheiro.

Foto usada para aplicar golpe da loteria na internet
Foto usada para aplicar golpe da loteria na internet Foto usada para aplicar golpe da loteria na internet

Um dos casos usados como armadilha envolve o nome de Mavis Wanczyk.

Em 2017, ela levou 758 milhões de dólares com um bilhete premiado. O valor foi o mais alto pago pela loteria nos EUA e a história foi amplamente noticiada no mundo todo.

Neste caso, a pessoa precisa enviar dados pessoais e bancários para receber uma parte do prêmio. Junto com o email são enviadas imagens de pessoas agradecendo Mavis pelo dinheiro.

Outra história contada é a de um ganhador da loteria que não teria condições de retirar o prêmio por problemas de saúde, por exemplo. A vítima é convencida a fazer um depósito para ajudar na retirada do prêmio em troca de uma boa parte da fortuna. Assim que o dinheiro é depositado, o suposto vencedor some. 

Clonagem de celular

Em julho deste ano, a Polícia Federal realizou a Operação Swindle (fraude, em inglês) para prender quem aplicou um golpe pelo WhatsApp.

O esquema usava números de celulares clonados para entrar em contato pelo aplicativo com amigos e familiares da vítima e pedir por dinheiro emprestado.

Todos estão sujeitos a cair em golpes na internet e os criminosos miram até mesmo em políticos conhecidos. Os ministros Eliseu Padilha (MDB-RS) e Carlos Marun (MDB-MS) tiveram os celulares clonados e amigos próximos receberam mensagens com pedidos de dinheiro.

A Momo

Uma brincadeira assustadora na internet escondia algo mais perigoso do que um fantasma ou um monstro. A Momo viralizou entre os adolescentes e diversos youtubers ajudaram a propagar a história.

Pelo WhatsApp, um número com código do Japão e uma figura sinistra no perfil deveria ser acionado durante a madrugada. Após poucas mensagens, a pessoa era surpreendida com respostas contendo informações pessoais.

Foto usado pelo perfil da Momo no WhatsApp
Foto usado pelo perfil da Momo no WhatsApp Foto usado pelo perfil da Momo no WhatsApp

A técnica utilizada neste caso é chamada de engenharia social, quando a pessoas é induzida a revelar dados pessoais que dão pistas para encontrar outras informações na rede.

Nome, sobrenome, número de telefone e cidade de origem são alguns dos dados facilmente obtidos aos adicionar o número do Momo na agenda do celular e tentar contato pelo WhatsApp.

O que fazer?

A advogada Patrícia Borsato, da Comissão de Direito Digital da OAB-SP e especialista em direito digital, orienta as vítimas a procurarem as autoridades.

“O primeiro passo é procurar a polícia civil para fazer um boletim de ocorrência. Pelo Marco Civil da Internet, é possível encontrar o IP do criminoso para e tentar descobrir a origem do golpe”, afirma Patrícia.

IP é um número que identifica de computadores conectados na rede, funciona como um RG ou um CPF para as máquinas. A partir desse registro, pode ser possível responsabilizar alguém por um crime digital, mas não é tão simples.

“É muito difícil conseguir identificar o IP e ir atrás dos criminosos, mesmo com os equipamentos de rastreamento a disposição da polícia. Esses golpes costumam ser feitos com a proteção de programas que mascaram essa informação”, explica a especialista.

O crime cometido por quem aplica golpes pela internet ou por aplicativos de celular pode ser enquadrado como estelionato, artigo 171, de acordo com a advogada.

“A pessoa que é vítima de um esquema de estelionato dificilmente conseguirá o dinheiro de volta. Exceto se a polícia conseguir identificar o suspeito e ele responder criminalmente pelo ato, mas é bem complicado”, diz Patrícia.

Como se proteger

A advogada Patrícia Borsato dá 8 dicas para escapar dos golpes mas frequentes na internet:

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