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Ex-diretor do Facebook diz que dados dos perfis não estão seguros

Rede social de Mark Zuckerberg não conseguiria fiscalizar o uso das informações por empresas terceiras e teria sido alertada sobre o problema

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Rede social de Mark Zuckerber não teria total controle sobre os dados dos usuários
Rede social de Mark Zuckerber não teria total controle sobre os dados dos usuários Rede social de Mark Zuckerber não teria total controle sobre os dados dos usuários

Ex-diretor de Operações do Facebook Sandy Parakilas afirma que a rede social criada por Mark Zuckerberg não tem controle sobre os dados coletados dos usuários. 

Em entrevista ao jornal espanhol El País, o ex-executivo falou sobre recente escândalo de vazamento de dados de 87 milhões de usuários pela consultoria britânica Cambridge Analytica e sobre a sua experiência na empresa.

Segundo Parakilas, as informações pessoais dos usuários que saem dos servidores do Facebook não estão mais seguras. Quando alguém aceita os termos de uso de um aplicativo, por exemplo, os dados são transferidos diretamente para a empresa desenvolvedora. Existem regras para o uso das informações coletadas, mas a rede social não conseguiria fiscalizar ações irregulares de seus parceiros.

Em 2014, os dados de milhares de perfis foram coletados a partir de um teste de personalidade desenvolvido para uma pesquisa acadêmica. O professor responsável por conduzir o levantamento foi contratado pela Cambridge Analytica, que aproveitou uma brecha nos termos de uso do Facebook para ter acesso aos dados de milhões de usuários em diversos países, inclusive no Brasil.

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O ex-executivo da rede social afirma ter alertado para problemas de segurança envolvendo os desenvolvedores de aplicativos, mas não foram feitas as mudanças necessárias para corrigir. O Facebook chegou a ser informado sobre os abusos de empresas terceiras, mas evitou realizar investigações profundamente. 

Apesar das investigações ainda não terem comprovado a relação entre a campanha de Donald Trump e o plebiscito do Brexit com a Cambridge Analytica, o executivo acredita que dados obtidos ilegalmente foram usados para influência os resultados nas urnas.

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Por isso, Parakilas defende que companhias como o Facebook devem ser reguladas para que os problemas de segurança e privacidade sejam corrigidos. Caso contrário, é mais lucrativo manter a situação do que enfrentar os problemas.

Ele também alerta para os riscos da troca de informações entre outras redes sociais que pertencem ao grupo Facebook. O WhatsApp e Instagram, por exemplo, também são usados para traçar o perfil dos usuários a partir do comportamento online de cada um.

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