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No Brasil, Facebook será investigado pelo uso de reconhecimento facial

Rede social de Mark Zuckerberg utiliza a tecnologia para garantir mais segurança, mas dados coletados também podem ser um risco para a privacidade

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Leitura facial do Facebook pode ser um risco para privacidade dos usuários
Leitura facial do Facebook pode ser um risco para privacidade dos usuários Leitura facial do Facebook pode ser um risco para privacidade dos usuários

O Ministério Público do Distrito Federal (MP-DFT) anunciou na última segunda feira (23) que abrirá um inquérito para investigar como funciona o reconhecimento facial do Facebook. Essa tecnologia consegue identificar pessoas a partir da leitura das características da face.

Segundo a rede social, os dados coletados são usados como um item de segurança. Além de facilitar as marcações de amigos e amigas em fotos, também dificulta que mais de uma conta use a mesma foto de perfil. Essa seria uma medida para inibir a disseminação de perfis falsos

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As autoridades brasileiras, porém, querem ter certeza de que esse novo banco de dados não é uma violação de privacidade. Outra linha da investigação tentará descobrir se a plataforma estaria criando uma brecha para ser usada como um instrumento discriminatório. 

Segundo a portaria publicada pelo MPF, o software não seria eficiente para realizar a leitura facial de pessoas com a pele negra, mas consegue ler com êxito o rosto de pessoas com pele clara.

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Um estudo divulgado em fevereiro deste ano pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts o programa utilizado pelo Facebook falhou em 34,7% das tentativas de ler o rosto de uma mulher negra. Por outro lado, somente em 0,8% das pessoas com a pele branca passaram pela mesma situação.

A partir da leitura do rosto, a rede social de Mark Zuckerberg também poderia identificar com certo êxito a orientação sexual dos usuários.

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O Facebook anunciou uso da leitura facial como um recurso de segurança em dezembro de 2017, mas o uso dessa tecnologia para facilitar as marcações em fotos está presente na plataforma desde 2010.

De acordo com o projeto da Lei de Proteção de Dados, que aguarda sanção do Presidente da República, são dados pessoais sensível as informações sobre origem racial ou étnica, a convicção religiosa, a opinião política, a filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual e dado genético ou biométrico.

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