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Noruega obriga influencers a avisarem sobre retoques em fotos

Quem fizer postagens sem alertar sobre a edição pode ser multado pelo governo e, em casos extremos, até ser preso

Tecnologia e Ciência|Sofia Pilagallo*, do R7

Projeto visa minimizar o impacto negativo dessa publicidade na autoestima de jovens e criaças
Projeto visa minimizar o impacto negativo dessa publicidade na autoestima de jovens e criaças Projeto visa minimizar o impacto negativo dessa publicidade na autoestima de jovens e criaças

A Noruega aprovou novas emendas à Lei de Marketing de 2009 que torna ilegal que influenciadores compartilhem fotos editadas nas redes sociais sem avisar o seguidor. Quem desrespeitar a nova regra pode ser multado e, em casos extremos, ser preso.

Segundo o jornal local Verdens Gang, o projeto recebeu amplo apoio da comunidade de influenciadores do país. Vários deles afirmaram que a iniciativa traz um senso de realidade à ideia de corpos inatingíveis, bem evita que os filtros tenham um impacto negativo sobre a autoestima das pessoas.

"Filtros devem ser divertidos e não criar um falso ideal de beleza", disse a influenciadora Annijor Jørgensen.

Alguns influenciadores pediram até que a lei fosse além, estendendo os regulamentos a todo o conteúdo. O governo do país reconhece que a lei pode ser difícil de aplicar, pois nem sempre é fácil saber quando uma foto foi editada, e também não está claro como os posts serão fiscalizados.

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Outra questão levantada é se ajustes de iluminação ou saturação de cor nas imagens serão considerados uma violação. Embora ambas sejam técnicas comuns usadas na fotografia, às vezes, podem ser usadas para clarear os tons de pele e alimentar ideias de que pessoas brancas são mais bonitas.

As novas propostas surgem em meio a uma conversa cultural na Noruega em torno do conceito de "kroppspress", que se traduz literalmente como "pressão corporal", e seu efeito na saúde mental dos jovens do país. As autoridades norueguesas esperam que "a medida seja uma contribuição útil para conter o impacto negativo que essas publicidades têm, especialmente entre jovens e crianças."

*Estagiária do R7 sob supervisão de Pablo Marques

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