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O seu grupo de WhatsApp pode ser vigiado pelo governo?

Governo federal afirma monitorar grupos no aplicativo de mensagem para obter informações sobre a organização de greves e de manifestações

Tecnologia e Ciência|Pablo Marques, do R7

Criptografia do WhatsApp seria suficiente para impedir o governo de interceptar conversas
Criptografia do WhatsApp seria suficiente para impedir o governo de interceptar conversas Criptografia do WhatsApp seria suficiente para impedir o governo de interceptar conversas

Grupos no WhatsApp foram usados para organizar a greve dos caminhoneiros, informar a categoria sobre as negociações e pressionar quem não concordava com a ação.

Durante os 10 dias de paralisação, o governo federal disse que monitorou esses grupos com o objetivo de identificar os organizadores e os casos de intimidação.

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A notícia de que agentes da Polícia Federal e da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) estariam infiltrados no aplicativo fez alguns usuários questionarem a política de privacidade e o risco de terem informações pessoais vazadas.

Segundo o WhatsApp, não existe uma relação oficial da empresa com o governo e explica que a única maneira de alguém participar de um grupo é pelo convite do administrador. Além disso, seria impossível interceptar e ler conversas dentro da plataforma por causa da criptografia.

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O WhatsApp tem um sistema de criptografia de ponta-a-ponta e a cada mensagem um novo código é gerado. Ou seja, as mensagens são codificadas e somente os usuários envolvidos na conversa conseguem ler o conteúdo.

O R7 questionou a PF e a Abin sobre as práticas usadas para obter informações a partir das redes sociais.

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A PF disse que "não se manifesta sobre técnicas de investigação ou sobre investigações em andamento".

A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) confirmou não ter qualquer tipo de parceria com o WhatsApp ou com as operadoras de telefonia celular. E argumentou que a "legislação brasileira não permite à Inteligência a interceptação de comunicações privadas".

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Agente infiltrado

Em setembro de 2016, o capitão do exército William Pina Botelho usou o codinome "Baltazar Nunes" para se infiltrar em um grupo no WhatsApp que organizava atos contra o presidente Michel Teme em São Paulo.

Com as informações obtidas pelo militar, 21 jovens foram detidos pela polícia, sendo três adolescentes, em uma reunião marcada pelo aplicativo no Centro Cultural São Paulo. O grupo responde por associação criminosa e corrupção de menores.

Após a ação contra manifestantes, Botelho foi promovido a major do exército brasileiro.

Veja também:WhatsApp: envie mensagens para vários amigos sem criar um grupo

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