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SxSW 2023: carro voador da Embraer deve estar disponível em 2026

O protótipo foi apresentado pela Eve Air Mobility, subsidiária da indústria brasileira, para melhorar a mobilidade urbana pelo ar 

Tecnologia e Ciência|Aline Sordili, em Austin, no Texas (EUA)

'Carro voador' de subsidiária da Embraer é apresentado em feira de inovação nos EUA
'Carro voador' de subsidiária da Embraer é apresentado em feira de inovação nos EUA 'Carro voador' de subsidiária da Embraer é apresentado em feira de inovação nos EUA

A Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, apresentou no SxSW 2023 o seu "carro voador", chamado eVTOL — aeronave elétrica para pouso vertical e infraestrutura de mobilidade aérea urbana com autonomia de 100 quilômetros.

Em 2018, também em Austin, a Embraer-X havia trazido a público o conceito de eVTOL. A Embraer-X é o braço da empresa brasileira de tecnologia aeroespacial focado em inovação e desenvolvimento de projetos para o futuro da população, como mobilidade urbana e sustentabilidade.

No detalhe, a cabine para os passageiros do 'carro voador'
No detalhe, a cabine para os passageiros do 'carro voador' No detalhe, a cabine para os passageiros do 'carro voador'

A Eve se define no mercado como uma aceleradora do desenvolvimento de UAM (mobilidade aérea urbana, ou urban air mobility, em inglês). Se uma viagem de carro pode durar 70 minutos, com o eVTOL 100% elétrico da Eve esse tempo cai para 15 minutos.

“O eVTOL da Eve representa uma redução de custo de menos seis vezes no longo prazo, quando comparado com um helicóptero equivalente”, afirma André Stein, co-CEO da Eve. “A manutenção é mais barata, e ele ficará ainda mais competitivo quando pudermos operar as versões autônomas, sem piloto.” Nesse último caso, o custo por assento baixa de quatro ocupantes para a divisão por seis ocupantes.

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Apenas um piloto opera o 'carro voador'
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Mesmo sem asas e hélices, para não ocupar um espaço ainda maior na feira de inovação, a maquete da Eve chama a atenção de quem entra na Creative Industries Expo. Ao chegar, é possível ver o modelo que comporta quatro passageiros mais o piloto na parte da frente.

A área dos passageiros também pode ser usada para carga, ao serem removidos os bancos. Só um piloto opera os instrumentos na lateral e acompanha a tela de controle na frente.

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Stein acredita que vai pôr os primeiros eVTOLs para funcionar comercial e globalmente em 2026. No Brasil, a Eve já entrou com o pedido de certificação e operação na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em fevereiro de 2022. Cada aeronave, com um pacote básico de serviços, sai por 3 milhões de dólares, aproximadamente.

O eVTOL fez seu primeiro voo simulado no Rio de Janeiro, em setembro de 2021, para testar a futura rota dos eVTOLs. “Operar um eVtol é extremamente simples. Pode inclusive ser uma carreira de entrada para os pilotos”, acredita Stein.

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E o mercado parece confiante nesse segmento. Depois da fusão de seus negócios com o fundo americano Zanite Acquisition, a Eve entrou na Bolsa de Valores de Nova York em maio de 2022 e levantou 400 milhões de dólares (quase R$ 2,1 bilhões).

Naquela ocasião, a empresa anunciou ter verba necessária para o desenvolvimento do projeto: 540 milhões de dólares (R$ 2,8 bilhões). O BNDES divulgou na sequencia um financiamento de mais 92,5 milhões de dólares (R$ 485 milhões).

Aparecem como investidores da Eve: United Airlines, Acciona, SkyWest, Bradesco BBI, Rolls-Royce, Republic Airlines, Azorra, Falko, Thales e BAE Systems. Até dezembro de 2022, a Eve somava uma carteira de pedidos de 2.770 aeronaves do tipo eVTOL.

Para o Brasil e também para toda a América do Sul, a Eve assinou uma carta de intenções com a FlyBIS Aviation Limited, uma startup de mobilidade aérea de Caxias do Sul (RS). Pelo documento, a empresas vão trabalhar em colaboração no desenvolvimento das operações eVTOL na região, com a compra de 40 veículos eVTOL da Eve por parte da FlyBIS. Poderemos ver os veículos elétricos voadores da Eve também na brasileiras Helisul, Avantto e Flapper.

E a empresa já tem planos de desenvolvimento desses veículos para o mercado de segurança e defesa, em parceria com a BAE Systems, que também é investidora da empresa.

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