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CPMI da Petrobrás recebe sigilos telefônicos de Alberto Youssef e mais quatro pessoas

Dados trazem registros das ligações entre as pessoas citadas

Brasil|Do R7

De acordo com a secretaria da CPMI da Petrobras, instalada para apurar denúncias contra a empresa, a comissão recebeu da TIM o sigilo telefônico do doleiro Alberto Youssef e mais quatro pessoas.

Os outros registros de ligações são de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobrás; Adrianna Azevedo Costa Bachmann (filha de Costa); Márcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita. Costa é suspeito de receber propina do doleiro para favorecer empresas em contratos com a Petrobrás. Os dois estão presos.

A SPIN Telecomunicações, ETML-Empresa de Telefonia Multiusuários AS e a Telecom South América S.A., que também receberam requerimento da CPMI, informaram que não consta em suas bases de dados ligações dos citados.

Segundo a secretaria da CPMI, os dados recebidos não são escutas, apenas o registro telefônico entre as pessoas citadas. A documentação sigilosa fica disponível aos membros da comissão.

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Paulo Roberto Costa foi preso em março deste ano durante a operação Lava Jato, da PF, sob acusação de participar de um esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef.

Diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras entre 2004 e 2012, ele fechou um acordo com a PF de delação premiada — quando o réu revela denúncias em troca de redução da pena. Os depoimentos aos agentes federais acontecem há mais de uma semana, em Curitiba, onde ele está preso.

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Segundo reportagem publicada pela revista Veja neste final de semana, Paulo Roberto Costa teria revelado à PF os nomes de 32 parlamentares, três governadores e um ministro de Estado que participariam de um esquema de propina na petroleira. De acordo com a publicação, que não revela detalhes nem documentos, os responsáveis pelo esquema exigiam uma contrapartida de empreiteiras para fechar negócios com a Petrobras. Essas empresas tinham de reverter parte dos lucros aos cofres da estatal. Depois de lavado por doleiros, o dinheiro era repassado a políticos.

Entre os mencionados pelo ex-diretor estariam os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), além do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), e os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Romero Jucá (PMDB-RR), ex-líder de governo. Roseana Sarney (PMDB), governadora do Maranhão, Sérgio Cabral Filho (PMDB), ex-governador do Rio de Janeiro, e Eduardo Campos (PSB), ex-governador de Pernambuco — morto no dia 13 de agosto, quando era presidenciável pelo PSB —, também foram citados por Costa como beneficiários do esquema.

A PF informou nesta segunda-feira que vai apurar o vazamento dos depoimentos de Costa, já que o processo corre sob segredo de Justiça.

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