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Governadores contrariam Saúde e estocam vacinas para 2ª dose

Medida foi apontada por governador do Piauí como explicação para diferença entre vacinas distribuídas pelo governo e as aplicadas

Brasil|

Presidente Jair Bolsonaro divulgou vacinômetro que mostrou milhões de doses não aplicadas
Presidente Jair Bolsonaro divulgou vacinômetro que mostrou milhões de doses não aplicadas Presidente Jair Bolsonaro divulgou vacinômetro que mostrou milhões de doses não aplicadas

O Fórum de Governadores continua com a recomendação para que os sistemas de saúde estaduais mantenham a reserva de vacinas para aplicação da segunda dose, mesmo com a mudança feita pelo Ministério da Saúde, e essa é a principal razão para que o número de vacinas distribuídas aos Estados e as efetivamente aplicadas seja diferente.

A informação foi dada pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador do tema vacinas no fórum, depois de o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-PL), ter levantado suspeitas sobre as diferenças.

Segundo Wellington, dos quase 34 milhões de doses distribuídos até essa semana, 16,9 milhões foram aplicados na primeira dose e 5,2 milhões na segunda. Cerca de 600 mil são reservados como estoque de segurança, para substituição rápida no caso de problema com algum lote. E 5,2 milhões de doses de CoronaVac estão reservadas para segunda dose porque o tempo entre as duas aplicações é curto, de 21 a 28 dias.

A vacina da AstraZeneca-Oxford, que hoje representa menos de 20% das vacinas aplicadas no Brasil tem intervalo maior para a segunda dose, de dois a três meses. Os governadores chegaram a guardar o dobro de doses da CoronaVac, mas com a aceleração da entrega pelo Instituto Butantan, usaram parte como primeira dose.

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Wellington salientou, ainda, que 6 milhões de doses foram recebidas apenas no início desta semana.

"O real problema brasileiro é que entramos atrasados na vacinação e falta vacinas", disse o governador. "A reserva é fundamental, é a orientação que estamos dando pelo Fórum de Governadores."

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Em entrevista ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, Lira cobrou que o governo tenha um controle melhor do número de vacinas distribuídas e aplicadas pelos Estados, e levantou suspeitas sobre o que estaria acontecendo.

Nas semana passada, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, também fez o mesmo questionamento e chegou a cobrar as empresas de comunicação para que dessem o número de vacinas distribuídas e aplicadas.

Nesta quinta, o presidente Jair Bolsonaro tuitou um "vacinômetro", com o número de vacinas distribuídas e aplicadas.

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