Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

“O que Dilma fez com Graça Foster não se faz com inimigo”, diz Aécio Neves

Oposição avalia que saída da presidente da Petrobras é tardia e insiste em CPMI

Brasil|Carolina Martins, do R7, em Brasília

Senador Aécio Neves (PSDB-MG) entende que mudança na Petrobras é tardia
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) entende que mudança na Petrobras é tardia Senador Aécio Neves (PSDB-MG) entende que mudança na Petrobras é tardia

A sinalização do governo de que pretende substituir a presidente da Petrobras, Graça Foster, repercutiu tanto no mercado financeiro, como no cenário político. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) avaliou nesta terça-feira (3) que a saída de Graça é tardia e não ameniza os prejuízos que foram gerados pelos esquemas de corrupção dentro da estatal.

De acordo com o senador tucano, a presidente Dilma Rousseff demorou a tomar a decisão de trocar a presidência da petroleira, o que contribuiu para o desgaste da empresa e da própria Graça Foster.

— Certamente ser amigo da presidente da República hoje é muito pior que ser seu adversário. O que ela fez com a presidente Graça Foster não se faz com inimigo. Permitiu que ela assumisse um desgaste enorme ao longo desse último período, como se isso pudesse defendê-la ou de alguma forma aliciá-la de suas responsabilidades.

Delator afirma ter pago propina de R$ 12 mi para ex-diretor da Petrobras

Publicidade

Segundo Aécio Neves, foi “um gesto de pouca generosidade” por parte de Dilma Rousseff permitir que Graça Foster assumisse toda a responsabilidade pelo escândalo da Petrobras. O senador acredita que Graça aceitou “limpar a cena do crime” e, assim, passa a ser parte do esquema, mas avalia que os desmandos começaram antes da gestão dela.

Por isso, o senador tucano continua defendendo a instalação de uma nova CPMI da Petrobras.

Publicidade

— Nós já estamos iniciando a coleta de assinaturas para que a nova CPMI seja instalada, queremos saber quem foram os responsáveis diretos ou indiretos por todas essas irresponsabilidades e falcatruas que ocorreram na Petrobras.

Silêncio no PT

Publicidade

Enquanto a oposição aproveita a possível saída de Graça Foster para tentar recolher assinaturas e instalar uma nova CPMI, deputados do PT preferem o silêncio. O primeiro vice-líder do partido na Câmara, deputado Sibá Machado (PT-AC), não quis comentar os novos fatos. Segundo ele, a decisão de manter ou afastar Graça do cargo é exclusiva da presidente Dilma.

— Não vou tratar da Petrobras neste momento porque esse é um assunto que ainda está 100% na mão da presidenta Dilma.

O novo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), também evitou comentar o assunto. Disse apenas que a Petrobras continuará sendo uma grande empresa, com ou sem Graça Foster no comando.

— Esse assunto não é comigo, é com a presidenta Dilma. Eu vou liderar o governo aqui [na Câmara], assunto da Petrobras é com a presidenta da República. A Petrobras será sempre a grande empresa brasileira independentemente de quem esteja na direção dela.

Leia mais notícias de Brasil e Política

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.