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Operação Skala: dois amigos de Temer estão entre os presos

Advogado José Yunes e coronel aposentado da PM João Baptista Lima Filho foram detidos por policiais federais na manhã desta quinta-feira

Brasil|Fernando Mellis, do R7

Prisões envolvem inquérito que investiga Temer
Prisões envolvem inquérito que investiga Temer Prisões envolvem inquérito que investiga Temer

Dois homens próximos ao presidente Michel Temer (MDB) estão entre os presos na Operação Skala, por determinação do ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta quinta-feira (29). O primeiro deles foi o advogado e ex-assessor especial da Presidência José Yunes. O coronel da PM aposentado João Baptista Lima Filho também está entre os detidos.

O dono do Grupo Rodrimar, empresa de logística que atua no Porto de Santos, Antônio Celso Grecca também foi preso pela Polícia Federal, assim como o ex-ministro da Agricultura (governo Lula) Wagner Rossi, ex-presidente da Companhia de Docas do Estado de São Paulo, que administra o porto.

Temer foi padrinho de casamento do deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP), filho de Wagner Rossi. 

No Rio de Janeiro, em um apartamento no Leblon, policiais federais prenderam Celina Torrealba, uma das sócias do Grupo Libra, que também atua no setor portuário.

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O inquérito relatado por Barroso envolve o Decreto dos Portos, assinado por Temer, também investigado, e que teria beneficiado empresas do setor portuário, incluindo a Rodrimar. Esse foi o último pedido contra o presidente apresentado pelo ex-procurador -geral da República Rodrigo Janot, antes de deixar o cargo. Nesta manhã, ele se manifestou pelo Twitter. Apesar disso, as prisões foram feitas pela atual procuradora-geral, Raquel Dodge. 

A investigação que apura a relação de Temer com a Rodrimar foi aberta em setembro do ano passado. O texto foi assinado pelo emedebista em maio de 2017.

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"Os elementos colhidos revelam que Rodrigo Rocha Loures, homem sabidamente da confiança do presidente da República, menciona pessoas que poderiam ser intermediárias de repasses ilícitos para o próprio presidente da República, em troca da edição de ato normativo de específico interesse de determinada empresa, no caso, a Rodrimar S/A", argumentou Barroso na abertura do inquérito.

Yunes, Lima Filho, Grecco e Temer tiveram os sigilos bancários quebrados no começo do mês por determinação do ministro. 

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Outro lado

O advogado de José Yunes, José Luis Oliveira Lima, classificou como "inaceitável" a prisão. Segundo ele, Yunes "sempre que intimado ou mesmo espontaneamente compareceu a todos os atos [processuais] para colaborar". 

Já a defesa de Wagner Rossi diz que ele se aposentou há sete anos. "Desde então, nunca mais atuou profissionalmente na vida pública ou privada. Também nunca mais participou de campanhas eleitorais ou teve relacionamentos políticos. Mora em Ribeirão Preto, onde pode ser facilmente encontrado para qualquer tipo de esclarecimento. Nunca foi chamado a depor no caso mencionado. Portanto, são abusivas as medidas tomadas. Apesar disso, Wagner Rossi está seguro de que provará sua inocência", diz a nota divulgada pelos advogados dele.

O Grupo Libra diz que "está prestando todos os esclarecimentos à Justiça, e que uma de suas acionistas já depôs à Polícia Federal. Mais informações serão dadas após integral acesso aos documentos da investigação, o que, até o momento, não foi disponibilizado aos advogados da empresa".

A Presidência da República disse que não vai se manifestar sobre o caso. O R7 aguarda resposta advogados dos outros presos na Operação Skala. 

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