O sequestrados do publicitário Washington Olivetto, Maurício Hernández Norambuena, foi extraditado para o Chile na madrugada desta terça-feira (20), segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
Moro diz que "Brasil não é refúgio para criminosos". Norambuena foi condenado a 30 anos de prisão.
Na noite de segunda-feira (19), a defesa de Norambuena protocolou um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar a extradição. No entanto, a medida não foi eficaz.
Antes de vir ao Brasil, Norambuena tinha outras duas condenações à prisão perpétua no Chile: uma pelo assassinato do senador Jaime Guzmán, aliado do ditador Augusto Pinochet, e outra pelo sequestro de Cristián Edwards, herdeiro do jornal El Mercurio, ambos em 1991. Veio para o Brasil após fuga "cinematográfica" de presídio de segurança máxima no Chile, em um helicóptero.
Prisão
Norambuena foi o preso há mais tempo mantido em solitária no Brasil: 16 anos.
Em 2006, Norambuena e Marcola foram contemporâneos de RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em São Paulo. No regime, o detento fica sozinho e tem direito a uma hora diária de banho de sol. O sequestrador passou cinco anos lá mesmo sem ter cometido falta disciplinar; o líder do PCC, um mês.
Em 2007, foi transferido para Catanduvas (PR), iniciando um périplo pelas quatro unidades federais. Em Mossoró, a mais distante de Valparaíso, onde nasceu, Norambuena fica numa cela de 7 m², sem TV ou jornais, com direito a sol no pátio duas horas por dia, com poucos presos.