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Tesoureiro do PT admite que recebeu dinheiro de empresário, mas diz que era "empréstimo"

João Vaccari Neto presta depoimento à CPI da Petrobras nesta quinta-feira

Brasil|Do R7, com Agência Câmara e Reuters

Vaccari (foto) é suspeito de participar do esquema para alimentar partidos políticos com dinheiro de propina captado na Petrobras
Vaccari (foto) é suspeito de participar do esquema para alimentar partidos políticos com dinheiro de propina captado na Petrobras Vaccari (foto) é suspeito de participar do esquema para alimentar partidos políticos com dinheiro de propina captado na Petrobras

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, admitiu ter recebido dinheiro do empresário Cláudio Mente, um dos investigados na Operação Lava Jato, mas disse que se tratou de um “empréstimo” feito para pagar um imóvel. Ele esteve na manhã desta quinta-feira (9) na CPI da Petrobras, na qual prestou depoimento.

Segundo depoimento de delação premiada feita pelo doleiro Alberto Youssef, Vaccari recebeu R$ 400 mil em 2008, dinheiro depositado na conta da mulher dele, Giselda Rousie de Lima. Segundo Youssef, Cláudio Mente operava o pagamento de subornos na Petrobras. Vaccari afirma que as transações resultaram de um empréstimo concedido a ele por Mente, seu amigo, para a aquisição de uma casa.

Vaccari explicou à CPI que comprou uma casa em 2008, mas que precisava vender outro imóvel para quitá-la, o que não conseguiu a tempo.

— Não consegui vender outro imóvel a tempo e por isso pedi empréstimo a Cláudio. O empréstimo foi liquidado em 2009.

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Ele havia explicado a mesma operação à Polícia Federal. Vaccari admitiu conhecer e ter mantido contatos com vários acusados de envolvimento na Operação Lava Jato.

Ele disse que procurou vários empresários que mantinham contato com a Petrobras em “campanhas institucionais” do PT, mas negou recebimento de propina mencionada nos depoimentos de Pedro Barusco e do doleiro Alberto Youssef.

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Ele disse que conhece o empresário Júlio Camargo, da empresa Toyo Setal, que o teria procurado para fazer uma contribuição para o PT. Afirmou ainda que conheceu outros empresários, sempre “em busca de captação de recursos”, como Eduardo Leite, Leo Pinheiro, João Carlos Medeiros Ferraz, Gelson Almada e Agenor Medeiros, todos investigados pela Operação Lava Jato.

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Vaccari também admitiu ter conhecido o empresário Fernando Soares, apontado como operador do PMDB, mas que nunca tratou de dinheiro com ele.

— O conheci uma vez no aeroporto e nunca mais o vi.

Vaccari assumiu ter pedido doações legais a empresários. Segundo ele, não só PT, mas PMDB e PSDB também receberam grandes doações de empresas envolvidas na Lava Jato.

Pouco depois de o tesoureiro entrar no plenário da CPI para prestar depoimento, um homem soltou cerca de cinco ratos pelo plenário, causando tumulto. O homem foi imobilizado e retirado da sala pela Polícia Legislativa.

Vaccari obteve liminar junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira que o desobriga a depor na condição de testemunha à CPI.

O ministro Teori Zavascki, do STF, acatou a tese da defesa de que Vaccari não poderia depor na condição de testemunha, pois já é réu em ação penal na Justiça que trata dos mesmos fatos investigados pela CPI e, portanto, tem preservado o direito de não se autoincriminar.

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