Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Fim do orçamento secreto abre 'nova etapa de relacionamento' com o Congresso, diz Haddad

Por 6 votos a 5, a mais alta Corte do país suspendeu as emendas de relator durante julgamento realizado nesta segunda-feira (19)

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Fernando Haddad (PT), indicado para chefiar o Ministério da Fazenda
Fernando Haddad (PT), indicado para chefiar o Ministério da Fazenda Fernando Haddad (PT), indicado para chefiar o Ministério da Fazenda

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta segunda-feira (19) que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu o orçamento secreto deu início a uma "nova etapa" de relacionamento entre o Executivo e o Legislativo.

"Lula não tem a menor intenção de retirar a participação do Congresso Nacional na condução dos interesses nacionais, mas vamos encontrar o caminho de fazer isso com a transparência que o Orçamento público exige", disse Haddad.

"Entendo que há muitos mecanismos de fortalecimento do protagonismo do Legislativo na condução do orçamento público, com transparência, discricionariedade, aderência das propostas dos parlamentares aos programas governamentais", completou.

As declarações foram dadas por Haddad durante coletiva de imprensa, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede da equipe de transição, em Brasília. Na ocasião, o ministro anunciou novos nomes para o seu ministério. São eles: Anelize Almeida para o cargo de procuradora-geral da Fazenda Nacional e Gustavo Caldas para o cargo de subprocurador-geral da Fazenda Nacional.

Publicidade

Mais cedo, o STF formou maioria para seguir o voto da ministra Rosa Weber, presidente da Corte, e suspender o orçamento secreto, conhecido tecnicamente como emendas do relator. O julgamento começou na semana passada e precisava de pelo menos seis votos no mesmo sentido para tomar uma decisão, o que ocorreu na sessão desta segunda-feira (19).

A sessão foi aberta com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, que destacou ter passado o final de semana avaliando o tema. "Reconheço que passado pouco mais de um ano da propositura das ADPFs deste julgamento, o Congresso aprovou avanços para mitigar a enorme participação do relator-geral, que tinha poderes implícitos para o destino final destas", disse o magistrado.

Publicidade

Leia também

No entanto, o ministro entendeu que as alterações feitas pelo Congresso não retiraram problemas de transparência apresentados pela relatora da ação, Rosa Weber. "A resolução, embora traga regras importantes, não resolve o problema que vossa excelência trouxe em seu voto", disse ele.

Rosa Weber entendeu que os repasses de emendas pelo governo para que senadores e deputados enviem aos estados viola a Constituição Federal por desvirtuar a distribuição do orçamento, além de não ocorrer com regras claras de publicidade, para que a população e as instituições saibam como os recursos estão sendo aplicados e quais parlamentares estão indicando as obras e ações que vão receber verbas.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.