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Operação policial flagra furto de energia em comércios do DF

Energia recuperada equivale ao consumo de aproximadamente 2,5 mil residências por um mês; uma pessoa foi presa na fiscalização

Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

PCDF e Neoenergia flagram estabelecimento que furtava energia elétrica no Gama-DF
PCDF e Neoenergia flagram estabelecimento que furtava energia elétrica no Gama-DF PCDF e Neoenergia flagram estabelecimento que furtava energia elétrica no Gama-DF

A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a operação “Massa Fresca” — em parceria com a Neoenergia Brasília — e flagrou, na quarta-feira (24), duas padarias e uma pizzaria furtando energia elétrica no Gama. A operação foi divulgada na manhã desta quinta-feira (25) pela distribuidora.

De acordo com a Neoenergia, o volume de energia furtada pelos três estabelecimentos equivale ao consumo de aproximadamente 2,5 mil residências por um mês.

Os responsáveis pelos estabelecimentos foram conduzidos à delegacia para responder criminalmente pelo furto de energia. Um deles foi preso em flagrante e ficará detido até a audiência de custódia. O furto de energia é crime previsto no Código Penal Brasileiro, com pena de até oito anos de reclusão.

De acordo com a Neoenergia, os alvos da operação foram mapeados pelo centro de inteligência da empresa, além de fiscalizações em campo. A empresa explica que, para identificar os consumidoras irregulares, utiliza programas de computador ligados a sensores inteligentes que controlam o fluxo de energia elétrica na rede de distribuição.

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Bares e restaurantes flagrados

Entre julho e agosto deste ano, outros estabelecimentos foram flagrados furtando energia no Distrito Federal. No fim de julho, um bar na Asa Sul foi flagrado furtando energia elétrica suficiente para abastecer 1,4 mil residências pelo período de um mês. Depois que a fraude foi confirmada, a empresa regularizou a situação. No entanto, uma denúncia foi registrada junto à Polícia Civil.

Já no início de agosto, a Neoenergia identificou outros quatro estabelecimentos que furtavam energia. Três deles funcionam na Asa Sul e um em Águas Claras. O custo das fraudes é de R$ 790 mil.

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Energia furtada no país equivale ao consumo anual do Paraná

Um levantamento de 2020 mostrou que a quantidade de energia elétrica furtada no Brasil por meio de ligações clandestinas seria suficiente para abastecer por um ano o estado do Paraná, o quinto mais populoso do país, com 11,5 milhões de habitantes.

As distribuidoras estimaram uma perda de receita de R$ 3,3 bilhões anuais com esse tipo de fraude, de acordo com dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee).

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Entidades do setor e especialistas ouvidos pelo R7 afirmam que a prática ocorre em todas as camadas da sociedade — em locais de vulnerabilidade social, em endereços de luxo, no comércio e na indústria. Para combaterem esse tipo de crime, as empresas apertam a fiscalização e promovem a regularização de pontos de consumo clandestinos.

No Distrito Federal, por exemplo, a Neoenergia realizou 33 mil ações de fiscalização no ano passado e regularizou 21 mil pontos de consumo. De acordo com o gerente de gestão de receita da Neoenergia, Luiz Paulo Marinho, a companhia recuperou, de março a setembro de 2021, R$ 97 milhões em energia furtada — o equivalente a 150 GWh, ou oito dias de consumo da capital federal, que tem mais de três milhões de habitantes.

Riscos

Além dos prejuízos, os chamados "gatos" oferecem riscos. Um levantamento da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) revela que 764 pessoas morreram no Brasil vítimas de incidentes com energia elétrica em 2020. Desse total, 237 mortes ocorreram em decorrência de acidentes relacionados à rede aérea de distribuição, 36 a postes de áreas urbanas ou rurais e 26 a incêndios por sobrecarga na fiação.

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