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Oposição protocola 'superpedido' de impeachment contra Lula

Parlamentares do PL afirmam que petista cometeu crimes de responsabilidade, como ameaça e desvio de função 

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Oposição faz coletiva no Salão Verde da Câmara para anunciar pedido de impeachment
Oposição faz coletiva no Salão Verde da Câmara para anunciar pedido de impeachment Oposição faz coletiva no Salão Verde da Câmara para anunciar pedido de impeachment

Aproximadamente 30 deputados federais do PL protocolaram nesta quarta-feira (29) um pedido de impeachment contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os parlamentares também defendem que Lula perca o direito de ocupar cargos públicos pelo prazo de oito anos. O movimento ocorre às vésperas da volta do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Brasil após três meses nos Estados Unidos.

Os deputados têm vendido a ação como um "superpedido de impeachment" e argumentam que o atual presidente da República cometeu ao menos três crimes de responsabilidade: quebra de decoro, ameaça e coação a representante do poder legislativo e desvio de função. 

"No contexto de reiteradas falas sobre desejo de vingança aos integrantes da operação Lava Jato, o presidente da República flagrantemente faltou com a verdade e produziu uma fake news de efeitos extremamente danosos às instituições. Em seguida, o presidente debochou da ameaça séria à vida de famílias inocentes", diz trecho do texto.

Esse não é o primeiro pedido de impeachment contra o petista. Na semana passada, o deputado federal Bibo Nunes (PL-RS) também protocolou um documento parecido. Em janeiro, o deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) fez o mesmo movimento, sob o argumento de que o presidente cometeu crime de responsabilidade ao dizer que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi um "golpe de Estado".

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Lula e Moro

A principal queixa dos deputados diz respeito às declarações de Lula sobre o senador Sergio Moro (União-PR). Em entrevista ao site Brasil 247, em 22 de fevereiro, Lula relembrou os meses preso e disse que pensava em vingança contra o ex-juiz.

"De vez em quando ia um procurador, de sábado ou de semana, para visitar, ver se estava tudo bem. Entravam três ou quatro procuradores, e perguntavam ‘tá tudo bem?’, e [eu respondia] ‘não tá tudo bem, só vai estar bem quando eu f… esse Moro'”, disse.

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“‘Eu tô aqui para me vingar dessa gente’, eu falava todo dia que eles entravam lá, ‘se prepare que eu vou provar [inocência]'”, comentou.

No dia seguinte, Lula subiu ainda mais o tom e disse que a operação desencadeada pela Polícia Federal para desarticular uma facção criminosa que pretendia atacar Moro e outras autoridades era uma "armação". 

De acordo com as investigações, Moro e sua família eram alvos de criminosos que planejavam a execução deles e de outras autoridades, por eles não estarem contentes com as decisões tomadas enquanto o parlamentar era ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro.

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