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PF apreende caminhão com madeira ilegal e espingarda em retirada de não indígenas no Pará

Governo começou operação de desintrusão na semana passada na Terra Indígena Alto Rio Guamá

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Madeira apreendida pela Polícia Federal no Pará
Madeira apreendida pela Polícia Federal no Pará Madeira apreendida pela Polícia Federal no Pará

A Polícia Federal (PF) apreendeu um caminhão com 20 a 30 t de madeira ilegal, além de uma espingarda irregular.

A corporação também localizou uma serraria clandestina durante uma operação de retirada de não indígenas na Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará.

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As apreensões, que ocorreram no domingo (7) e na segunda-feira (8), cumprem ação judicial que determinou a desintrusão. O caminhão com 18 toras de madeira foi identificado por equipes da Força Nacional e da Funai, que se deslocavam rumo à terra indígena. Além da carga ilegal, o veículo apresentava outras irregularidades, como não emplacamento e falhas mecânicas.

A Força Nacional acionou a PF, que encaminhou o veículo com a carga ilegal para a delegacia de Polícia Civil de Nova Esperança do Piriá e, depois, para a delegacia de Garrafão do Norte, município vizinho onde fica a base da operação de desintrusão.

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Os não indígenas têm até 31 de maio para deixar a terra de forma voluntária. Depois disso, o governo vai usar a força para a retirada de pessoas do local. Iniciada em 3 de maio, a operação também conta com a participação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para cadastrar as famílias que ocupam ilegalmente a área e encaminhá-las para programas sociais, se for o caso. Ao todo, já foram feitos cem cadastros.

A desintrusão segue até o fim do mês com a continuação do cadastramento, rastreio da área e apoio para a saída das famílias. O governo informa que as prefeituras locais estão assegurando transporte dos não indígenas para outros locais e buscando soluções para realocação das pessoas.

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Operação

Como o R7 mostrou, a operação teve início em 3 de maio e os não indígenas têm até 31 do mesmo mês para desocupar a área. Famílias não indígenas que viviam na área antes da demarcação, feita em 1993, já foram indenizadas, assim como algumas assentadas entre o fim dos anos 1990 e início dos anos 2000. No entanto, ainda há pessoas ocupando a área de forma ilegal.

O governo federal argumenta que a presença de não indígenas no território demarcado ameaça a integridade dos povos originários e provoca danos ao meio ambiente, como a destruição de áreas de floresta.

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Com área de 280 mil ha, no nordeste do Pará, distante cerca de 250 km da capital, Belém, a Terra Indígena Alto Rio Guamá abriga 2.500 indígenas das etnias Tembé, Timbira e Kaapor, distribuídos em 42 aldeias. A população de não indígenas é estimada em 1.600 pessoas, com base em dados de 2010.

Aumento na apreensão de armas

Após avaliação do processo de recadastramento de armas no país feito pela PF, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou na última terça-feira (9) que das 50.432 armas de uso restrito que estavam com a população, segundo cadastro do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma), apenas 44.264 foram recadastradas. Ou seja, 6.168 armas de uso restrito estão com localização indefinida e passaram a ser ilegais.

Os números apresentados pelo ministro representam um aumento de 850% na apreensão de fuzis e de 748% na apreensão de pistolas. "Temos intensificado essas operações e temos números bastante significativos de apreensão de armas ilegais. Compartilho com essa comissão, que, por exemplo, em 2022 foram apreendidos 12 fuzis, e em 2023 já são 114. Em 2022 foram apreendidas 135 pistolas, e agora 1.146", disse.

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