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Saúde registra crescimento em internados por Covid não vacinados

De acordo com o secretário da Saúde, o general Pafiadache, há um percentual grande de internados sem a primeira dose da vacina

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília

Entre os internados por Covid-19 nos hospitais do DF, muitos não se vacinaram
Entre os internados por Covid-19 nos hospitais do DF, muitos não se vacinaram Entre os internados por Covid-19 nos hospitais do DF, muitos não se vacinaram

O secretário de Saúde do Distrito Federal, o general do Exército Manoel Luiz Pafiadache, alertou que há um percentual grande de internados por Covid-19 nos hospitais da capital que não tomaram a primeira dose da vacina. Ele não falou em números, mas destacou que “é uma realidade” que tem preocupado o governo. A afirmação foi feita durante a coletiva de imprensa da pasta para comentar as ações de combate à pandemia, e vem em um momento em que a taxa de transmissão do vírusestá aumentando e já atingiu o índice de 1,15, o que significa que cada 100 pessoas contaminadas passam a doença para 115.

A necessidade de procurar os postos de vacinação e de fazer uso das medidas não farmacológicas, como máscara, distanciamento social e lavagem das mãos foi reforçada por Pafiadache e técnicos da secretaria durante toda a coletiva. O secretário garantiu que o GDF se empenha em renovar os contratos com os leitos de hospitais de campanha para ter uma folga na capacidade de receber novos pacientes. A Secretaria de Saúde computou 3.016 novos casos nesta quarta-feira (5).

“A providência é renovarmos nossos leitos de hospitais de campanha, que vai nos dar uma folga grande, mas há uma preocupação sim. Temos uma ideia de um percentual muito grande de internados deixaram de tomar a primeira dose ou a segunda. Isso é uma realidade e nos preocupa. Por isso essa intensiva na vacinação e nos cuidados”, afirmou o secretário. A ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid está em 75%, com 21 leitos vagos e nove pacientes na fila. Já a de leitos com suporte ventilatório nos hospitais de campanha está em 59%, com 123 vagos.

De acordo com a secretária adjunta de Assistência à Saúde, Raquel Beviláqua, o cenário só não se agravou graças a vacinação. Ela apontou que a ocupação de leitos de estabilização de pacientes com Covid-19 está em 41,51% e o de enfermaria para vítimas do vírus é de 77,48%. “Temos ocupação maior dos leitos de menor gravidade”, explicou. Ainda assim, Pafiadache destacou a importância da renovação dos contratos para manter leitos para pacientes com coronavírus e afirmou que a secretaria trabalha com “a pior hipótese”.

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Extração de informações

A diretora de Vigilância Epidemiológica substituta, Priscilleyne Reis destacou que, apesar do aumento no número de casos, a cifra de mais de 3 mil vítimas aconteceu por conta de uma alteração no sistema de registros do Ministério da Saúde, que teria resultado na extração de informações sobre pacientes com Covid-19 em todos os estados. “O número de casos, proporcionalmente, no DF, é bem menor”, defendeu. “Desses 3.016, 2.632 foram do represamento. Sento que 653 eram casos referentes a 2020, e 1.979 de 2021 e, a grande maioria, 1.870, são de agosto, setembro e outubro”, calculou.

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Ainda assim, Priscilleyne destacou que o DF tem um número de casos ativos maior que na primeira quinzena de setembro, o que demonstra “a importância de a população estar se cuidando, adotando medidas não farmacológicas”. “A população precisa procurar a segunda dose, estar vacinada, e cumprir as medidas não farmacológicas, como uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos”, ressaltou.

Vacinação

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Segundo o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, o Distrito Federal recebeu, na terça (5), 152.100 doses da vacina Pfizer, sendo 143.910 para a segunda dose (D2) e 8.190 para dose de reforço em idosos e imunossuprimidos. Nesta quarta (6), a capital recebeu 60 mil doses da Astrazeneca para a segunda dose. “Estamos recebendo grandes volumes e necessitamos, mais que nunca, da intensificação na aceitação da população e mais dedicação dos colaboradores para fazer esse processo e dar a resposta que as pessoas esperam”, afirmou o subsecretário.

Valero também destacou que a secretaria não tem doses em estoque para a vacinação de adolescentes. Somente as que já estão nos postos. O GDF aguarda uma nova remessa de Pfizer destinada à essa faixa etária da população. Por outro lado, o governo tem outras 400 mil doses de Pfizer prontas para aplicação da D2 e da dose de reforço.

O GDF vai antecipar a aplicação da segunda dose de Pfizer e Astrazeneca para quem está marcado para tomar as vacinas até 5 de novembro. A medida também vale para a dose de reforço de quem tem mais de 60 anos e já tomou a segunda dose há seis meses ou mais. A aplicação dessas doses começará na próxima sexta-feira (8).

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