Os recursos do PIS/Pasep, liberados para todos os trabalhadores a partir desta terça (14), vão ser usados por 45% dos beneficiários para pagar dívidas em atraso. Os dados são de uma pesquisa realizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).
O levantamento ainda aponta que, quando considerados exclusivamente os consumidores mais pobres, o percentual de pessoas que vão pagar as dívidas com o benefício sobe para 57%.
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A segunda principal finalidade do dinheiro extra será investimentos, citado por 30% dos entrevistados. Outros 30% pretendem pagar despesas do dia a dia com o novo saldo e 15% vão antecipar o pagamento de contas não atrasadas, como prestações da casa, do carro ou crediário. 9% de entrevistados vão usar o dinheiro para adquirir roupas e calçados.
Para o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, o acesso ao dinheiro das cotas do fundo PIS/Pasep é uma medida importante que deve injetar uma quantidade de dinheiro significativa na economia do país.
— Isso pode ajudar o cidadão afetado pela crise e pelo desemprego a sanar suas dívidas, limpar o nome e recuperar seu crédito na praça. Ao reduzir a inadimplência o impacto sobre a economia é positivo.
O presidente da CNDL, José Cesar da Costa, destaca que é positivo ver uma grande quantidade de beneficiários pagando contas antecipadamente. “Isso mostra uma atitude preventiva e prudente do consumidor”, analisa.
Direito
Trabalhadores de que contribuíram para o PIS ou para o Pasep entre os anos de 1971 e 1988 e que não tenham resgatado o saldo podem sacar os recursos.
De acordo com a pesquisa, 14% dos brasileiros ainda não sabem se têm direito ao benefício e 10% desconheciam a informação de que o governo havia liberado os saques.
Ao todo, aproximadamente 28 milhões de pessoas têm direito ao saldo das contas, o que deve totalizar uma injeção de R$ 39,52 bilhões na economia, segundo dados oficiais do governo.
*Estagiário do R7 sob supervisão de Paulo Lima.