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Contas em atraso? Saiba quanto custa pagar faturas após a data de vencimento

Crise fez com que aumentasse inadimplência de serviços básicos, como energia e água

Economia|Fernando Mellis, do R7

Com aumento das tarifas e inflação, fica cada vez mais difícil colocar todas as contas em dia
Com aumento das tarifas e inflação, fica cada vez mais difícil colocar todas as contas em dia Com aumento das tarifas e inflação, fica cada vez mais difícil colocar todas as contas em dia

A crise na economia já atinge boa parte das famílias brasileiras e algumas cenas se repetem no fim do mês: boletos demais e dinheiro de menos. Pagar com atraso pode ser inevitável, mas como fazer para que isso não se torne uma bola de neve?

O R7 fez um levantamento de juros e multas das principais contas da casa para que você saiba a quais punições está sujeito se deixar de quitar alguma delas na data certa.

Um fato é certo: o risco de ficar com o nome sujo está cada vez maior. Segundo o último levantamento do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito), em maio, houve crescimento de 13,31% do número de pessoas inscritas no cadastro de inadimplência por deixar de pagar contas de água ou luz na comparação com maio de 2014.

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Um estudo inédito feito pela Serasa Experian mostrou que a inadimplência somente com as empresas do setor de energia cresceu 11% entre janeiro e abril deste ano — também em relação ao mesmo período de 2014. A alta das tarifas está entre uma das causas para esse fenômeno.

Também cresceu 12,02% a quantidade de pessoas com nome sujo por não quitar contas de telefone, internet e TV por assinatura. Na região Norte, a alta da inadimplência no setor de comunicações chegou a 37,35%.

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Energia elétrica

Segundo a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que regula as concessionárias do setor, incidem multa de 2% e juros de 1% ao mês nas contas em atraso, além de correção monetária com base no IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado).

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O atraso de um mês já pode significar o corte do serviço, desde que o consumidor tenha recebido um aviso da empresa. Ele terá 15 dias para quitar o débito. O nome do cliente pode ser incluído no cadastro de inadimplentes do SPC/Serasa.

Água e gás

Os serviços de água e gás dependem de regulação de cada Estado. Em São Paulo, quem atrasar uma fatura paga multa de 2%, além de 0,033% de juros ao dia, em ambas as contas.

No caso da água, a companhia é obrigada a emitir um aviso ao cliente 30 dias antes de cortar o fornecimento. O gás residencial só pode ser cortado após 60 dias de atraso da fatura e com

Condomínio

Deixar de pagar o condomínio por muito tempo pode resultar em uma grande dor de cabeça. Se você for o proprietário, corre o risco de perder o imóvel. Se for inquilino, pode ser despejado. De qualquer forma, a multa é de 2% e os juros de 1% ao mês. Porém, a convenção pode determinar uma taxa de juros maior. É importante ter conhecimento disso.

Telefone fixo, celular pós-pago, internet e TV por assinatura

Todos esses serviços são regulados pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que determina o prazo de 15 dias após a existência do débito para que a empresa suspenda parcialmente os serviços. Nesse período, o consumidor deve ser notificado.

No caso da telefonia, com a suspensão parcial, o cliente fica impedido de fazer chamadas, enviar mensagens de texto e utilizar dados. Para os pacotes de TV, serão disponibilizados apenas os canais abertos, que são obrigatórios.

Se o atraso ultrapassar 30 dias, a operadora pode suspender totalmente o serviço. Após mais 30 dias, ocorre o cancelamento do contrato do cliente. Um acordo de parcelamento do débito pode ser fechado, sendo que o pagamento da primeira parcela tem que ser efetuado e o serviço restabelecido em 24 horas. Se houver atraso nas demais prestações, o sinal pode ser cortado depois de cinco dias.

Qualquer fatura em atraso incide multa de 2%, correção monetária e juros que não podem ultrapassar 1% ao mês, sendo proporcional a cada dia.

Dois em cada dez brasileiros apelam ao cheque especial e ao cartão para fechar contas no fim do mês

Dívidas bancárias

Essas são as contas mais perigosas para quem está com o orçamento apertado. O rotativo do cartão de crédito cobra os juros mais altos do mercado: 360,6% ao ano, segundo o Banco Central. Em seguida, vem aquele dinheiro que muita gente usa e nem percebe, o cheque especial, cujos juros podem alcançar 232% ao ano.

A inadimplência no setor bancário representava quase metade de todos os cadastros do SPC em maio. Fora o fato de ter o nome sujo, o devedor também vai ter uma taxa de juros alta, que poderá dificultar a quitação do débito. 

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