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Dólar sobe pela quarta vez seguida e fecha o dia cotado a R$ 3,75

Moeda dos EUA avançou 1,95% e bateu o maior valor de fechamento desde dezembro de 2002

Economia|

Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,7738
Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,7738 Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,7738

O dólar fechou em alta de quase 2% nesta quarta-feira (2), com valorização pela quarta sessão consecutiva, e foi ao patamar de R$ 3,75 pela primeira vez desde o fim de 2002, pressionado por preocupações com as contas públicas do Brasil e com o risco de o País perder o selo internacional de bom pagador.

O dólar avançou 1,95%, a R$ 3,7598 na venda, maior nível desde 12 de dezembro de 2002 (R$ 3,785). Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,7738, maior patamar intradia desde 13 de dezembro de 2002 (R$ 3,7750).

No acumulado do ano até agora, o dólar tem alta de 41,41% sobre o real.

"Tanto na política quanto na economia, a situação está muito difícil. É provável que o dólar suba ainda mais", afirmou o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que espera que a moeda norte-americana se aproxime de R$ 4 nas próximas semanas.

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Na segunda-feira, o governo enviou ao Congresso proposta de Orçamento de 2016 prevendo gastos maiores do que receitas. Operadores entenderam que a decisão aumenta a chance de o Brasil perder seu grau de investimento nos próximos meses, o que pode provocar fuga de capitais do País.

Essa perspectiva vem levando investidores a venderem ativos denominados em reais, pressionando o câmbio. Esse movimento resistiu mesmo à queda do dólar em relação a outras moedas emergentes nesta sessão, um respiro após fortes altas recentes provocadas por preocupações com a economia chinesa.

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A atuação do Banco Central também tem sido um foco importante para o mercado, que questiona se pode aumentar sua intervenção no câmbio para desacelerar o avanço da moeda norte-americana. Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação ao encarecer importados.

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"A questão é que o BC não vai usar armas poderosas demais, como leilões [de dólares] no mercado à vista, porque aí a sinalização vai fazer o mercado testar a disposição dele [de intervir cada vez mais]", afirmou o operador de um importante banco nacional.

"Mas, por outro lado, os leilões de linha não têm grande impacto no mercado e ele já está rolando totalmente o lote de swaps", acrescentou.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 9.450 contratos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou US$ 915 milhões, ou cerca de 10% do total de US$ 9,458 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

Na segunda-feira, o BC fez leilão de venda de até US$ 2,4 bilhões com compromisso de recompra, mas não anunciou outros até agora.

Havia ainda alguns operadores cogitando que o BC poderia intervir no mercado à vista, vendendo dólares e usando recursos das reservas internacionais.

"Como o BC vai agir ainda é um ponto de interrogação. Mas a atuação no mercado à vista, que era algo que o mercado nem considerava há alguns meses, agora é uma possibilidade", disse o operador da corretora Intercam Glauber Romano.

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