O dólar ficou perto da estabilidade ante o real no fechamento desta sexta-feira (21), influenciado por uma perda de vigor da moeda no exterior, e fechou a R$ 4,3932, depois de mais cedo a cotação ter superado R$ 4,40 pela primeira vez.
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Analistas já chamavam atenção para uma menor convicção do mercado na ponta de compra de dólar com a cotação escalando à faixa de R$ 4,40, com esse movimento aumentando chances de alguma intervenção extraordinária do Banco Central.
"O BC pode intervir para limitar rupturas financeiras, mas não deve alterar o curso do real dado o cenário para o câmbio global", disse o JPMorgan em relatório recente. "O real pode experimentar fortes movimentos dependendo da evolução do coronavírus e do sentimento em relação a isso", acrescentou o banco norte-americano.
O salto do dólar para acima de R$ 4,40 logo na abertura foi puxado por forte demanda corporativa, com empresas antecipando pagamentos de compromissos antes do feriado de Carnaval, disse João Manuel Campanelli Freitas, diretor de operações do Travelex Bank.
Passada essa pressão, a busca por dólares diminuiu, o que coincidiu com um menor ímpeto da moeda no exterior e ajudou a tirar a cotação das máximas.
Veja as cotações do dólar/real e do índice do dólar nesta sexta-feira:
O mercado de câmbio ficará fechado na segunda e terça-feira de Carnaval e retomará as operações apenas às 13h (de Brasília) da Quarta-Feira de Cinzas.
O dólar à vista teve variação positiva de 0,04%, a R$ 4,3932 na venda, após oscilar entre um novo recorde intradia de R$ 4,4073 (+0,36%) e R$ 4,3726 (-0,43%).
Na semana, o dólar saltou 2,14%, mais do que devolvendo o alívio de 0,46% da semana anterior.
Na B3, o dólar futuro caía 0,08%, a R$ 4,3915.