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Juros do cartão de crédito superam 398% em agosto, o maior nível em cinco anos

Taxa média cobrada pelo cheque especial também aumentou e alcança 128,6%, mostra Banco Central

Economia|Do R7

Juro médio do rotativo do cartão é o maior desde agosto de 2017
Juro médio do rotativo do cartão é o maior desde agosto de 2017 Juro médio do rotativo do cartão é o maior desde agosto de 2017

A taxa média de juros do rotativo do cartão de crédito aumentou 3,5 pontos percentuais na passagem de julho para agosto e atingiu 398,4%, o maior patamar desde agosto de 2017 (428,02%), mostram dados divulgados nesta quarta-feira (28) pelo BC (Banco Central).

De acordo com as estatísticas monetárias e de créditos da autoridade monetária, as taxas do rotativo apresentam uma variação de 51 pontos percentuais no acumulado deste ano e de 62,9 pontos percentuais nos últimos 12 meses.

O relatório também mostra uma alta de 1,2 ponto percentual da taxa média praticada no cheque especial entre julho e agosto, de 127,4% para 128,6%. Em 12 meses, a variação é de 3,5 pontos percentuais.

O rotativo do cartão e o cheque especial são as modalidades de crédito mais acessadas em momentos de dificuldade. No caso do uso parcelado do cartão de crédito, a tarifa média cobrada aos consumidores foi de 185,9% em agosto, patamar 4,2 pontos percentuais maior do que o apurado em julho.

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Como alternativa às linhas de crédito mais caras do mercado, o consumidor pode aderir ao crédito consignado, cuja taxa média foi de 25,1% em agosto, valor apenas 0,1 ponto percentual superior à tarifa praticada em julho.

O aumento das taxas de juros ao consumidor pode ser justificado pela sequência de elevações da taxa básica de juros. Desde março do ano passado, a Selic disparou 11,75 pontos percentuais, de 2% para 13,75% ao ano, o maior patamar desde o início de 2017.

A sequência de altas, interrompida na última reunião do BC, tem o objetivo de conter a inflação, já que a taxa básica é a principal ferramenta de política monetária com potencial para reduzir os preços. Isso acontece porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas opções de investimento pelas famílias.

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