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Líderes mundiais recuam em acordo de livre comércio

Reunião do G-20 terminou com as potências cedendo ao protecionismo dos Estados Unidos

Economia|

Manutenção do comércio global livre e aberto é uma derrota para a Alemanha, que lutou contra as tentativas norte-americanas
Manutenção do comércio global livre e aberto é uma derrota para a Alemanha, que lutou contra as tentativas norte-americanas Manutenção do comércio global livre e aberto é uma derrota para a Alemanha, que lutou contra as tentativas norte-americanas

Líderes financeiros das maiores economias do mundo recuaram na promessa de manter o comércio global livre e aberto, concordando com o protecionismo cada vez maior dos Estados Unidos, depois de não ser possível chegar a um acordo na reunião de dois dias.

Quebrando uma tradição que durava uma década de apoiar o livre comércio, ministros das finanças e chefes de bancos centrais do G-20 fizeram apenas uma referência simbólica ao comércio em seu comunicado, neste sábado (18), derrota clara da nação anfitriã Alemanha, que lutou contra as tentativas do novo governo norte-americano de enfraquecer compromissos anteriores.

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No maior conflito da nova administração dos EUA com a comunidade internacional, as autoridades do G-20 também retiraram do seu comunicado a promessa de financiar a luta contra as mudanças climáticas, resultado que já era antecipado, depois de o presidente norte-americano Donald Trump chamar o aquecimento global de "engano".

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Em uma reunião que, segundo alguns, às vezes foi 19 contra um, os EUA não cederam em questões chave, essencialmente atacando acordos anteriores, já que o G-20 exige consenso. Mesmo assim, o diálogo foi amigável e sem confrontos, deixando a porta aberta para acordo futuro, disseram oficiais presentes na reunião.

"Este é meu primeiro G-20, então, o que estava no comunicado anterior não é necessariamente relevante, do meu ponto de vista", disse o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, em Baden Baden.

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"Eu entendo o desejo do presidente e suas políticas, e eu as negociei aqui", disse Munichin. "Não poderia ter ficado mais feliz com o resultado".

Procurando colocar a "América primeiro", Trump já se retirou de um acordo comercial importante e propôs novos impostos em importações, argumentando que algumas relações comerciais precisam ser retrabalhadas para serem mais justas para os trabalhadores norte-americanos.

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Comércio internacional constitui quase metade da produção econômica global e oficiais disseram que o assunto poderia ser revisitado na reunião dos líderes do G20, em julho.

Enquanto alguns expressaram frustrações, como o ministro das Finanças da França, Michel Sapin, outros minimizaram a disputa.

"Não é que não estamos unidos", disse o ministro alemão Wolfgang Schäuble. "Não houve discussão de que somos contra o protecionismo. Mas não está muito claro o que [protecionismo] significa para cada um [dos ministros]".

Ele acrescentou que alguns ministros não tinham autonomia total para negociar já que não estão totalmente à frente de assuntos comerciais. Outros líderes sugeriram que a reunião dos líderes do G-20, em Hamburgo, em julho, poderia ser uma oportunidade real para convencer os EUA.

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