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Tensão e ações isoladas de vandalismo marcam manifestações estudantis desde os anos 50

História registra que protestos de estudantes sofrem há décadas com a ação de arruaceiros

Educação|fconstancio

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As atos de violência e vandalismo registrados sobretudo nas manifestações dos últimos dias 13 e 18 não são um elemento novo em protestos populares comandados por estudantes. As ações, causadas sobretudo por integrantes infiltrados, marcam a história das movimentações estudantis há pelo menos 50 anos Com Estadão Conteúdo
A ação de um grupo de vândalos que tentou, na manifestação da última terça-feira, invadir o prédio da Prefeitura de São Paulo, é mais um episódio de descontrole ocorrido em protestos realizados nas principais capitais do País com foco na luta por direitos sociais
Em maio de 1956, estudantes realizaram uma greve na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, contra o aumento da tarifa do transporte público. O grupo paralisou bondes e ônibus que circulavam pela região
Após a manifestação, alguns veículos foram incendiados, incluindo os bondes, modelo tradicional de transporte à época. Além de estudantes, a paralisaçao reuniu também outros setores da sociedade
Também no Rio de Janeiro, em 1968, um cortejo com cerca de 50 mil pessoas foi às ruas após a morte do estudante secundarista Edson Luís. O jovem foi morto em confronto com a polícia dentro do restaurante Calabouço, no dia 28 de março daquele ano. Edson se tornou um dos símbolos da luta dos estudantes contra o regime militar
O ano de 1968 foi marcado pela implantação do Ato Institucional nº 5, ou AI-5, que decretava, entre outras coisas, o recesso do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais. Além disso, suspendia o direito de votar e ser votado e proibia manifestações de natureza política. A tensão gerada pelo ato se refletiu em um episódio conhecido como "A Batalha da Maria Antônia", quando estudantes de Filosofia da USP e alunos do Mackenzie se enfrentaram no dia 3 de outubro. As universidades eram vizinhas na rua Maria Antônia, palco da briga entre os grupos. A batalha começou quando estudantes do Mackenzie atiraram ovos em alunos da USP, que realizavam um pedágio para levantar recursos para um congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes). Enquanto os estudantes da USP eram mais alinhados aos ideais de esquerda, os alunos do Mackenzie estavam conectados com um pensamento mais conservador. À época já se registrava a participação de infiltrados no movimento estudantil, como os membros do CCC (Comando de Caça aos Comunistas)
A batalha deixou rastros de destruição e também de sangue: o estudante secundarista José Carlos Guimarães, de 20 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Outros três universitários foram baleados e houve ainda uma dezena de feridos. Nem a morte do estudante interrompeu o confronto, que só terminou com um incêndio causado no prédio da USP. A destruição do local levou o curso de Filosofia ao campus no Butantã, zona oeste da cidade. Depois de restaurado, o prédio foi transformado no espalocultural Centro Universitário Maria Antônia.
Entre os líderes do grupo de estudantes da USP estava José Dirceu, à época presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes). Depois da militância estudantil, Dirceu entrou para a política. Em 2012, o ex-ministro chefe da Casa Civil foi condenado a dez anos e dez meses de prisão no processo do mensalão
O ano de 1968 registrou manifestações contra o regime militar por todo o País. No Rio de Janeiro, um grupo que participava de manifestação promovida por estudantes tombou e incendiou um fusca após conflito com policiais militares no centro da cidade
Em janeiro daquele mesmo ano, armados de pedras e cassetetes, jovens enfrentaram homens do exército em uma batalha no centro da capital carioca
Meses antes da aprovação do AI-5, tropas da Polícia Militar foram enviadas às ruas do centro do Rio de Janeiro para combater uma manifestação promovida por estudantes
A mesma praça da Sé que reuniu cerca de 10 mil manifestantes na última quinta-feira (18), durante o sexto dia de protestos registrados em São Paulo, foi palco de um confronto entre polícia e estudantes em 1968. Na confusão, uma kombi da Polícia Civil foi tombada
Naquele periodo,  um "espião" foi descoberto em meio ao movimento estudantil. Um policial conhecido como Pêra Dourada foi preso por estudantes após ter a identidade revelada. Ele foi liberado pelo movimento em troca de alguns universitários detidos
Atos de vandalismo já foram registrados em outras manifestações. Em 1º de maio de 1968, durante as comemorações do Dia do Trabalho, estudantes e policiais se enfrentaram pelas ruas do centro de São Paulo. O vidro de um banco acabou sendo atingido
Em junho do mesmo ano, em uma passeata realizada por estudantes na capital paulista, um grupo apedrejou e ateou fogo à entrada da redação do jornal O Estado de S. Paulo, à época instalada no na região central da cidade
Em 1977, a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, foi cercada e invadida por uma tropa do Exército. A ação, que tinha como objetivo acabar com uma reunião que pretendia reorganizar a UNE, à época na ilegalidade, foi violenta. Além da prisão de mais de mil estudantes, o Exército teria usado bombas de efeito moral e de fórsforo, ferindo dezenas de universitários
A ação foi comandada pelo coronel reformado do Exército, Antonio Erasmo Dias. Ele ficou marcado pela luta contra os que faziam oposição ao regime militar. Erasmo Dias morreu em janeiro de 2010, aos 85 anos, vítima de complicações causadas por um câncer
O ano de 1992 foi marcado pela retomada dos estudantes às manifestações. O foco era o impeachment do então presidente Fernando Collor, acusado,  com seu principal colaborador, Paulo César Faria, de corrupção, tráfico de influências e lavagem de dinheiro. Os protestos levaram milhares de pessoas às ruas das principais capitais do País. A liderança da UNE tornou famoso o então presidente da entidade, Lindbergh Farias. Hoje senador pelo PT, ele já foi prefeito de Nova Iguaçu. Embora sem registros graves de violência, as manifestações entraram para a história do País por representarem o maior levante popular que resultou no primeiro impeachment de um presidente brasileiro e criar uma geração conhecida por "caras pintadas" Collor não chegou a ser cassado pelo Senado porque renunciou ao seu mandato momentos antes da votação no Congresso. Apesar disso, Collor foi condenado pelos senadores e teve seus direitos políticos suspensos. Em 2007 se elegeu senador por Alagoas
Em julho de 2007, estudantes cariocas já marchavam pelas ruas da cidade pedindo pelo passe livre no transporte público. A manifestação, realizada no centro da capital, terminou em confronto com a polícia
Em 2011, cerca de 2 mil estudantes tomaram parte da avenida Paulista para reclamar do aumento da passagem, de R$ 2,70 para R$ 3. A concentração foi organizada pelo MPL (Movimento Passe Livre). Durante o protesto, os manifestantes sentaram na via
Parte do grupo estendeu o protesto para a  frente do condomínio onde o então prefeito Gilberto Kassab morava. Eles estenderam faixas e queimaram um boneco que representava o chefe do executivo
Em novembro de 2011, estudantes da USP ocuparam o prédio da reitoria da universidade. Um grupo de alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) decidiu tomar o local para protestar contra a prisão de três alunos pegos com maconha no campus. As principais reivindicações dos manifestantes que invadiram a reitoria eram a suspensão do contrato entre a universidade e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) — que aumentou o efetivo da Polícia Militar no campus — e a anulação dos processos administrativos que alunos e funcionários sofrem desde outros protestos
Uma ordem da Justiça determinou a liberação do local. Após a saída dos estudantes, a reportagem do R7, que esteve no local, constatou que algumas salas do prédio foram alvos de vandalismo. Houve tensão quando a tropa de choque foi acionada para executar a retirada dos estudantes do local. Os estudantes foram contidos, embarcaram em um ônibus da PM e foram levados para o 93º Distrito Policial, no Jaguaré, zona oeste da capital paulista
Após 45 anos, a rua Maria Antônia, na região central da cidade, voltou a ser palco de um confronto durante uma manifestação de estudantes. No último dia 13, policiais e um grupo que participava dos protestos contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo entraram em conflito. A manifestação, considerada a mais violenta das seis realizadas em São Paulo, terminou com mais de 100 feridos, entre civis e policiais
Na última terça-feira (18), um grupo que participava da manifestação pela revogação do aumento da tarifa da passagem em frente à prefeitura deu início a uma série de ações de depredação. Eles tentaram invadir o edifício, partiram para a cima de homens da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e atiraram pedras e grades de proteção contra as vidraças da sede. Um grupo de integrantes dos movimentos que lideravam a manifestação tentou impedir o quebra-quebra. Alguns se posicionaram diante da sede da prefeitura para evitar que os objetos arremessados atingissem os vidros. Um veículo da TV Record e uma guarita da Polícia Militar foram incendiados. Lojas na região foram saqueadas. O Theatro Municipal teve parte das paredes pichadas

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As atos de violência e vandalismo registrados sobretudo nas manifestações dos últimos dias 13 e 18 não são um elemento novo em protestos populares comandados por estudantes. As ações, causadas sobretudo por integrantes infiltrados, marcam a história das movimentações estudantis há pelo menos 50 anos Com Estadão Conteúdo
A ação de um grupo de vândalos que tentou, na manifestação da última terça-feira, invadir o prédio da Prefeitura de São Paulo, é mais um episódio de descontrole ocorrido em protestos realizados nas principais capitais do País com foco na luta por direitos sociais
Em maio de 1956, estudantes realizaram uma greve na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, contra o aumento da tarifa do transporte público. O grupo paralisou bondes e ônibus que circulavam pela região
Após a manifestação, alguns veículos foram incendiados, incluindo os bondes, modelo tradicional de transporte à época. Além de estudantes, a paralisaçao reuniu também outros setores da sociedade
Também no Rio de Janeiro, em 1968, um cortejo com cerca de 50 mil pessoas foi às ruas após a morte do estudante secundarista Edson Luís. O jovem foi morto em confronto com a polícia dentro do restaurante Calabouço, no dia 28 de março daquele ano. Edson se tornou um dos símbolos da luta dos estudantes contra o regime militar
O ano de 1968 foi marcado pela implantação do Ato Institucional nº 5, ou AI-5, que decretava, entre outras coisas, o recesso do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais. Além disso, suspendia o direito de votar e ser votado e proibia manifestações de natureza política. A tensão gerada pelo ato se refletiu em um episódio conhecido como "A Batalha da Maria Antônia", quando estudantes de Filosofia da USP e alunos do Mackenzie se enfrentaram no dia 3 de outubro. As universidades eram vizinhas na rua Maria Antônia, palco da briga entre os grupos. A batalha começou quando estudantes do Mackenzie atiraram ovos em alunos da USP, que realizavam um pedágio para levantar recursos para um congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes). Enquanto os estudantes da USP eram mais alinhados aos ideais de esquerda, os alunos do Mackenzie estavam conectados com um pensamento mais conservador. À época já se registrava a participação de infiltrados no movimento estudantil, como os membros do CCC (Comando de Caça aos Comunistas)
A batalha deixou rastros de destruição e também de sangue: o estudante secundarista José Carlos Guimarães, de 20 anos, foi morto com um tiro na cabeça. Outros três universitários foram baleados e houve ainda uma dezena de feridos. Nem a morte do estudante interrompeu o confronto, que só terminou com um incêndio causado no prédio da USP. A destruição do local levou o curso de Filosofia ao campus no Butantã, zona oeste da cidade. Depois de restaurado, o prédio foi transformado no espalocultural Centro Universitário Maria Antônia.
Entre os líderes do grupo de estudantes da USP estava José Dirceu, à época presidente da UEE (União Estadual dos Estudantes). Depois da militância estudantil, Dirceu entrou para a política. Em 2012, o ex-ministro chefe da Casa Civil foi condenado a dez anos e dez meses de prisão no processo do mensalão
O ano de 1968 registrou manifestações contra o regime militar por todo o País. No Rio de Janeiro, um grupo que participava de manifestação promovida por estudantes tombou e incendiou um fusca após conflito com policiais militares no centro da cidade
Em janeiro daquele mesmo ano, armados de pedras e cassetetes, jovens enfrentaram homens do exército em uma batalha no centro da capital carioca
Meses antes da aprovação do AI-5, tropas da Polícia Militar foram enviadas às ruas do centro do Rio de Janeiro para combater uma manifestação promovida por estudantes
A mesma praça da Sé que reuniu cerca de 10 mil manifestantes na última quinta-feira (18), durante o sexto dia de protestos registrados em São Paulo, foi palco de um confronto entre polícia e estudantes em 1968. Na confusão, uma kombi da Polícia Civil foi tombada
Naquele periodo,  um "espião" foi descoberto em meio ao movimento estudantil. Um policial conhecido como Pêra Dourada foi preso por estudantes após ter a identidade revelada. Ele foi liberado pelo movimento em troca de alguns universitários detidos
Atos de vandalismo já foram registrados em outras manifestações. Em 1º de maio de 1968, durante as comemorações do Dia do Trabalho, estudantes e policiais se enfrentaram pelas ruas do centro de São Paulo. O vidro de um banco acabou sendo atingido
Em junho do mesmo ano, em uma passeata realizada por estudantes na capital paulista, um grupo apedrejou e ateou fogo à entrada da redação do jornal O Estado de S. Paulo, à época instalada no na região central da cidade
Em 1977, a PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), em Perdizes, na zona oeste de São Paulo, foi cercada e invadida por uma tropa do Exército. A ação, que tinha como objetivo acabar com uma reunião que pretendia reorganizar a UNE, à época na ilegalidade, foi violenta. Além da prisão de mais de mil estudantes, o Exército teria usado bombas de efeito moral e de fórsforo, ferindo dezenas de universitários
A ação foi comandada pelo coronel reformado do Exército, Antonio Erasmo Dias. Ele ficou marcado pela luta contra os que faziam oposição ao regime militar. Erasmo Dias morreu em janeiro de 2010, aos 85 anos, vítima de complicações causadas por um câncer
O ano de 1992 foi marcado pela retomada dos estudantes às manifestações. O foco era o impeachment do então presidente Fernando Collor, acusado,  com seu principal colaborador, Paulo César Faria, de corrupção, tráfico de influências e lavagem de dinheiro. Os protestos levaram milhares de pessoas às ruas das principais capitais do País. A liderança da UNE tornou famoso o então presidente da entidade, Lindbergh Farias. Hoje senador pelo PT, ele já foi prefeito de Nova Iguaçu. Embora sem registros graves de violência, as manifestações entraram para a história do País por representarem o maior levante popular que resultou no primeiro impeachment de um presidente brasileiro e criar uma geração conhecida por "caras pintadas" Collor não chegou a ser cassado pelo Senado porque renunciou ao seu mandato momentos antes da votação no Congresso. Apesar disso, Collor foi condenado pelos senadores e teve seus direitos políticos suspensos. Em 2007 se elegeu senador por Alagoas
Em julho de 2007, estudantes cariocas já marchavam pelas ruas da cidade pedindo pelo passe livre no transporte público. A manifestação, realizada no centro da capital, terminou em confronto com a polícia
Em 2011, cerca de 2 mil estudantes tomaram parte da avenida Paulista para reclamar do aumento da passagem, de R$ 2,70 para R$ 3. A concentração foi organizada pelo MPL (Movimento Passe Livre). Durante o protesto, os manifestantes sentaram na via
Parte do grupo estendeu o protesto para a  frente do condomínio onde o então prefeito Gilberto Kassab morava. Eles estenderam faixas e queimaram um boneco que representava o chefe do executivo
Em novembro de 2011, estudantes da USP ocuparam o prédio da reitoria da universidade. Um grupo de alunos da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) decidiu tomar o local para protestar contra a prisão de três alunos pegos com maconha no campus. As principais reivindicações dos manifestantes que invadiram a reitoria eram a suspensão do contrato entre a universidade e a SSP (Secretaria de Segurança Pública) — que aumentou o efetivo da Polícia Militar no campus — e a anulação dos processos administrativos que alunos e funcionários sofrem desde outros protestos
Uma ordem da Justiça determinou a liberação do local. Após a saída dos estudantes, a reportagem do R7, que esteve no local, constatou que algumas salas do prédio foram alvos de vandalismo. Houve tensão quando a tropa de choque foi acionada para executar a retirada dos estudantes do local. Os estudantes foram contidos, embarcaram em um ônibus da PM e foram levados para o 93º Distrito Policial, no Jaguaré, zona oeste da capital paulista
Após 45 anos, a rua Maria Antônia, na região central da cidade, voltou a ser palco de um confronto durante uma manifestação de estudantes. No último dia 13, policiais e um grupo que participava dos protestos contra o aumento da tarifa do ônibus em São Paulo entraram em conflito. A manifestação, considerada a mais violenta das seis realizadas em São Paulo, terminou com mais de 100 feridos, entre civis e policiais
Na última terça-feira (18), um grupo que participava da manifestação pela revogação do aumento da tarifa da passagem em frente à prefeitura deu início a uma série de ações de depredação. Eles tentaram invadir o edifício, partiram para a cima de homens da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e atiraram pedras e grades de proteção contra as vidraças da sede. Um grupo de integrantes dos movimentos que lideravam a manifestação tentou impedir o quebra-quebra. Alguns se posicionaram diante da sede da prefeitura para evitar que os objetos arremessados atingissem os vidros. Um veículo da TV Record e uma guarita da Polícia Militar foram incendiados. Lojas na região foram saqueadas. O Theatro Municipal teve parte das paredes pichadas

As atos de violência e vandalismo registrados sobretudo nas manifestações dos últimos dias 13 e 18 não são um elemento novo em protestos populares comandados por estudantes. As ações, causadas sobretudo por integrantes infiltrados, marcam a história das movimentações estudantis há pelo menos 50 anos Com Estadão Conteúdo

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