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Jovem ucraniana relata medo e diz que não há ódio contra os cidadãos russos: 'São jogos políticos'

Em entrevista ao R7, Olha Hlovatska diz temer uma invasão pelo Exército da Rússia. Escolas e universidades seguem funcionando

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Olha Hlovatska em Kontraktova Ploshcha, na Ucrânia
Olha Hlovatska em Kontraktova Ploshcha, na Ucrânia Olha Hlovatska em Kontraktova Ploshcha, na Ucrânia

Olha Hlovatska, de 27 anos, mora em Kiev, na Ucrânia. A jovem, mestre em economia, conta que está com medo diante da iminente invasão russa ao seu país. Apesar da tensão, escolas e universidades continuam funcionando. Em entrevista ao R7, Hlovatska relatou o temor de que a situação fique ainda mais difícil para os ucranianos.

"Há alguns dias, quando comecei a ler notícias sobre os países que estavam emitindo um alerta a seus cidadãos para que retornassem e insistiam para que saíssem, eu realmente senti medo, porque eu não achava que essa situação fosse tão séria", diz Hlovatska.

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O confronto territorial entre Rússia e Ucrânia, que começou a se intensificar após a anexação da Crimeia pelos russos, em 2014, ganhou novos contornos nos últimos meses com o aumento de tropas das duas nações na fronteira entre os países.

A tensão fez com que a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e os Estados Unidos entrassem nessa discussão. Segundo a jovem, a notícia deixou as pessoas em pânico. "Como era possível os Estados Unidos preverem o dia exato da guerra? Todos sentem um pouco de medo, mas se houver uma guerra será em Donetsk e Lugansk", relata.

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Na sexta-feira (18), o líder da autoproclamada república separatista pró-Rússia de Donetsk anunciou a retirada de civis dessa região, no leste da Ucrânia, para a Rússia e acusou Kiev de preparar uma invasão depois que os confrontos aumentaram. "O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, muito em breve dará ordem para partir para a ofensiva e lançará um plano para invadir as repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", disse, referindo-se aos dois territórios separatistas.

Para Hlovatska, não existe ódio contra os cidadãos russos, muito menos o desejo de uma guerra. "Sabemos que são jogos políticos", avalia. Sobre as expectativas em relação ao futuro como cidadã ucraniana, ela relata que é muito difícil saber quando a guerra chegará ao fim, pois na prática já dura oito anos. "Eu acredito no nosso presidente, na força militar e continuo otimista que teremos um futuro seguro e bom na Ucrânia."

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Mesmo diante do cenário de tensão, as aulas seguem normalmente no país. "Até onde sei, as escolas e universidades mantêm as aulas normalmente e as universidades estão permitindo que os estudantes estrangeiros que deixaram a Ucrânia possam assistir às aulas de forma remota", finaliza.

*Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder

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