O percentual de estudantes brasileiros que têm dois anos de idade ou mais acima do adequado para a série que frequentam no ensino fundamental diminuiu de 47,1%, em 2004, para e 41,4% em 2013 — queda de 5,7%. Atualmente, 3,7 milhões de alunos estão atrasados na escola. Os dados são da Síntese de Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nos últimos meses.
Em 2013, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de distorção idade/série: 55,2% e 52,2%, respectivamente.
Desigualdades
A proporção dos alunos com atraso no ensino fundamental é mais elevada entre os frequentadores da rede de ensino pública, homens, moradores de área rural e de etnia negra (junção dos pretos e pardos, segundo o IBGE).
Além disso, em 2013, os 20% mais pobres da população possuíam taxa distorção idade-série 3,3 vezes maior do que a taxa dos estudantes pertencentes aos 20% mais ricos, fazendo com que o atraso escolar afete mais da metade daqueles alunos (54%). Em 2004, a taxa de distorção idade-série atingia 4,3 vezes mais os estudantes pobres do que os ricos.
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