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Educação

Proporção de jovens com idade entre 15 a 17 anos na escola cresce apenas 2,5% em dez anos

IBGE destaca que 44,2% destes jovens não estavam matriculados na série correta a sua idade

Educação|Do R7

Quase a metade destes jovens não (44,8%) não estavam matriculados nas séries correspondentes a sua idade
Quase a metade destes jovens não (44,8%) não estavam matriculados nas séries correspondentes a sua idade Alessandro Costa/Agência O Dia/Alessandro Costa

Entre 2004 e 2013, a proporção de jovens com idade de 15 e 17 anos frequentando a escola cresceu apenas 2,5 pontos percentuais no Brasil, passando de 81,8% para 84,3% da população, segundo análise do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta quarta-feira (17). 

O instituto usou dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2013, coletados com o objetivo de retratar o sistema educacional brasileiro e monitorar diversas dimensões da escolaridade no País.

Cerca de 2 milhões de jovens entre 15 e 17 anos estão atrasados na escola 

No ano passado, oito em cada dez jovens nesta faixa etária frequentavam a escola, mas quase a metade deles (44,8%) não estavam matriculados nas séries adequadas para a sua idade.


Raça e gênero

Na faixa etária de 15 a 17 anos, os brancos possuíam uma taxa de frequência escolar líquida 14,4% pontos percentuais maior do que a dos jovens pretos ou pardos, com 49,3%.


As mulheres tinham frequência escolar líquida 9,9% pontos percentuais maior do que a dos homens, 50,3%. 

ao analisar estes dados, o estudo destaca que a “vantagem das jovens pode estar relacionada a papéis de gênero que direcionam os jovens mais cedo para o mercado de trabalho, fazendo com que eles conciliem mais frequentemente estudo e trabalho, reduzindo seu tempo disponível para os estudos e agravando seu atraso escolar”.


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Distorções no ensino fundamental

Para conhecer melhor os estudantes com atraso escolar é preciso analisar os dados do ensino fundamental. Segundo o IBGE, neste grupo o perfil do grupo com distorção idade-série, isto é, dos estudantes com idade dois anos ou mais acima da adequada para a série e ano que frequentam, atingia quase metade dos estudantes de 13 a 16 anos de idade em 2004 (47,1%) e 41,4% deles em 2013, totalizando cerca de 3,7 milhões de estudantes.

Em 2013, as regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de distorção idade série (55,2% e 52,2%, respectivamente), sendo seguidas pelo Sudeste 31,3% e Sul 34,4%. A média do Brasil é de 41,%. 

A proporção de alunos com atraso iadde série no ensino fundamental é muito mais mais elevada entre estudantes que frequentam escolas públicas (44,4%). Na rede privada, eles somam 14,7%, no entanto, houve um elevação na comparação com 2004, ano em que estes estudantes representavam 14,5% do total de matriculados nas escolas particulares. 

Rede pública e privada

Além de indicadores que avaliam a adequação do fluxo escolar, como a taxa de frequência escolar líquida e a distorção idade-série, é importante acompanhar o principal indicador de resultados educacionais qualitativos para a educação básica, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica). 

A análise aponta que "os resultados de 2013 indicam que, apesar das melhoras no fluxo escolar, o desempenho no ensino médio não melhorou conforme o planejado em nenhuma das dependências administrativas. Além disso, o Ideb de 2013 revela o elevado nível de estratifi caçãodo sistema educacional brasileiro entre as redes pública e particular. Por exemplo, em 2013, a rede pública de ensino médio atingia apenas 63% do IDEB alcançado pela rede particular". 

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Em 2013 a rede privada atendia 14,0%, 13,1% e 76,1% dos estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior em 2013, respectivamente. 

Durante os nove anos analisados, a rede pública continuou atendendo uma proporção maior de alunos pertencentes aos 20% com menores rendimentos no ensino fundamental e médio, enquanto que a rede privada concentrou um percentual maior de alunos provenientes do quinto com maiores rendimentos (5° quinto), independentemente do aumento da participação dos mais pobres na rede privada de educação básica. 

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