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Saiba como treinar outro idioma fazendo estágio no exterior

Modalidade de intercâmbio tem atraído estudantes brasileiros que também buscam ampliar oportunidades na carreira profissional

Educação|Alex Gonçalves, do R7*

Antônio Pedro Acioli Gonçalves é estagiário na Amazon
Antônio Pedro Acioli Gonçalves é estagiário na Amazon Antônio Pedro Acioli Gonçalves é estagiário na Amazon

O Summer Job (estágio de verão) é um programa de curta duração — de até três meses — oferecido por universidades estrangeiras durante o período de férias, com oportunidades de estágio para aprimorar conhecimentos na carreira profissional, e chama a atenção de estudantes brasileiros que querem dar um up no currículo.

Antônio Pedro Acioli Gonçalves, 21 anos, é natural do Rio de Janeiro, mas atualmente mora em Norman, Oklahoma, nos Estados Unidos, e trabalha como estagiário na Amazon, empresa multinacional americana de tecnologia. O jovem conta que soube da oportunidade por meio de uma plataforma profissional. “Um recrutador entrou em contato comigo, realizou algumas perguntas e me encorajou a me candidatar para a posição”, diz.

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O brasileiro conta que é o responsável por administrar aproximadamente 40 funcionários diariamente junto aos assistentes. “Preciso analisar dados e fazer escolhas diante deles, definir para onde cada funcionário irá e o que cada um vai fazer”, explica.

Para ele, a experiência fora do país o deixará mais qualificado para atuar em outras grandes empresas. “Para se ter uma ideia, na Flórida existem mais de 90 prédios da Amazon, de diversos tipos. No Brasil, existem quase vinte, com foco central em distribuição, similar àquele onde eu trabalho”, diz. “A tendência da empresa é se espalhar ainda mais pelo país, e com isso haverá a criação de muitos empregos. Sem falar que é uma empresa que preza pela diversidade”, comenta.

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Matheus Tomoto, CEO e fundador da Universidade do Intercâmbio, explica que o summer job é um tipo de estágio que pode ser remunerado ou não. “Geralmente esses estágios são oferecidos pelas melhores empresas e universidades do mundo, como Harvard, MIT, Stanford, Oxford, Google, Amazon, Meta, entre outras instituições e empresas.”

Segundo Tomoto, as universidades e empresas abrem vagas para os summer jobs duas vezes por ano, geralmente no início e no meio do ano. Ainda segundo ele, os salários podem variar entre 3.000 e 4.000 dólares por mês.

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Para o especialista, para concorrer a uma vaga nessas empresas, vale prestar atenção às seguintes informações: acesse o site oficial da instituição em que deseja estagiar, universidades ou empresas, e efetue um cadastro; o candidato deve ter mais de 18 anos e estar matriculado no ensino superior ou ser recém-formado; é fundamental domínio do inglês, com nível intermediário ou avançado.

“O estudante precisa enviar um currículo em inglês e uma carta pessoal contando os motivos pelos quais merece a vaga e como pode contribuir para a instituição por meio do estágio. Na última etapa do processo, o candidato faz uma entrevista em inglês, por videochamada, com os recrutadores.” Tomoto ainda esclarece que, ao contrário do Brasil, onde as empresas exigem muita experiência dos estudantes, os estagiários não precisam ter experiência na prática profissional.

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Kevellyn Vitória estuda língua finlandesa
Kevellyn Vitória estuda língua finlandesa Kevellyn Vitória estuda língua finlandesa

Fazer um intercâmbio para estudar outro idioma é um caminho comum para quem quer estudar fora. Kevellyn Vitória dos Santos Cavalcante, 25 anos, decidiu estudar a língua finlandesa. Natural de Campo Grande (MS), a jovem mora em Espoo, uma cidade localizada na costa sul da Finlândia.

A escolha pelo país europeu se deu pela paixão por histórias medievais, entretanto ela encara um verdadeiro desafio. “O finlandês, assim como o sueco e o escandinavo, é uma língua difícil, com diferentes entonações, e o meu maior desafio é lidar com os diferentes sotaques, já que a Finlândia fica extremamente perto da Estônia e da Suécia”, comenta.

“Ainda no Brasil eu tinha alguns amigos que fizeram intercâmbio, o que me motivou a pesquisar e a conhecer mais sobre o assunto e avaliar quais as possibilidades”, diz. Segundo a brasileira, que atua com marketing e tecnologia, conhecer a língua pode abrir uma oportunidade de ingresso em empresas multinacionais e até conseguir levar marcas e produtos para fora do Brasil.

Kevellyn recomenda aos interessados que pesquisem bem as agências e escolas antes de fechar qualquer contrato. “É importante também dizer às pessoas que pesquisem por conta própria e perguntem a ex-alunos a respeito da experiência que tiveram, para evitar cair em armadilhas.”

Anelise Hofmann, coordenadora nacional do EducationUSA no Brasil, explica que a experiência de estudar nos Estados Unidos vai além de treinar o idioma. "Agrega tanto para o campo acadêmico, cultural e social quanto para o desenvolvimento pessoal e profissional. O resultado tem um impacto na carreira e no desenvolvimento das soft-skills", ressalta.

De acordo com Hofmann, os estudantes brasileiros precisam ficar atentos a alguns pontos na hora de escolher um curso de verão no exterior. "O planejamento financeiro deve ser feito com antecedência, o mais cedo possível, já que o custo de vida e de estudo varia muito", diz. "Só nos Estados Unidos, existem mais de 4.000 universidades espalhadas em 50 estados, tornando os valores das mensalidades nas instituições variáveis, assim como o custo de vida varia de acordo com as cidades. Algumas instituições oferecem bolsas e descontos, por isso, vale a pena pesquisar."

Uma maneira mais econômica de realizar um curso nos Estados Unidos sem sair do Brasil é participar de um intercâmbio virtual, que oferece uma combinação de curso intensivo de inglês e conteúdo preparatório para admissão em uma universidade americana e atividades interculturais para jovens de 15 a 17 anos. Os interessados podem obter informações na página do programa acadêmico, pela internet.

Intercâmbio em família

Uma escola de tecnologia em Vancouver, no Canadá, oferece a modalidade Intercâmbio em Família. Duas pessoas estudam, e apenas uma paga a mensalidade. Ao fazer a matrícula em uma das seis opções disponíveis de curso, de dois anos de duração, o cônjuge ou o irmão ganha um curso de administração, ou turismo. Os cursos variam entre 15 mil e 24 mil dólares canadenses (R$ 61,734,00 a R$ 98.774,40).

O processo de admissão é simples, e o nível de inglês exigido é o intermediário. Os interessados podem se inscrever pela internet até o dia 30 de julho.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Karla Dunder

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