O presidente global do Banco Santander, Emilio Botín, afirmou neste domingo (27), no Rio de Janeiro, que o relatório produzido por um funcionário do banco, com críticas a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição ao Planalto, foi um episódio isolado, que não reflete o posicionamento da empresa.
— Não foi um relatório do banco, mas o trabalho de um analisa que fez e enviou isso sem autorização. Ele agiu sem consultar quem deveria ter consultado.
Um extrato encaminhado neste mês aos clientes na categoria "Select", que têm renda superior a R$ 10 mil, indicava que a reeleição da presidente Dilma poderia "deteriorar o desempenho da economia, porque os juros provavelmente iriam subir e o câmbio, se desvalorizar".
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Botín, que participou do lançamento de uma plataforma digital gratuita com cursos universitários em espanhol e português, também frisou que o presidente do Banco Santander no Brasil, Francisco Luzón, já deu "as explicações necessárias" para Dilma.
— Nós apostamos nesse País, tanto que o Santander investiu US$ 27 bilhões [R$ 60 bilhões] aqui. O Brasil está entre os dez mercados preferenciais da empresa.
Ele não quis especificar o que aconteceu com o autor do relatório que criticou a gestão e previu um cenário negativo caso Dilma seja reeleita, mas afirmou que as medidas "adequadas já foram adotadas e ponto".
* A jornalista viajou a convite do Universia