O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, participou de encontro promovido pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Apamagis (Associação Paulista de Magistrados) e APMP (Associação Paulista do Ministério Público) nesta quinta-feira (28). Até sexta-feira (29), todos os candidatos ao governo participarão do encontro, realizado na sede da OAB em São Paulo, na região central da capital.
Com dinâmica rígida e pré-estabelecida, o candidato tinha 20 minutos para falar de assuntos indicados pela entidade como precatório, sistema carcerário, autonomia orçamentária, importância do advogado para a Justiça, entre outros, e mais cinco minutos para falar sobre o que quisesse. No entanto, Skaf usou cerca de 15 minutos para falar de seus programas de governo e no restante do tempo abordou algumas questões da pauta.
Questionado sobre esse uso do tempo, Skaf declarou que era importante falar sobre suas diretrizes de governo.
— Todos eles ficaram muito felizes com o resultado da apresentação e me cumprimentaram e entenderam que era muito importante para que todos os poderes também conhecessem outros aspectos e outras preocupações nossas.
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Em relação aos temas indicados pela organização do evento, Skaf destacou aos jornalistas, após a apresentação, a questão dos precatórios.
— Uma grande preocupação que eu tenho é em relação ao pagamento das dívidas do Estado com as pessoas. É uma vergonha essa situação dos precatórios, dívidas que o estado tem com pessoas, famílias. Como governador, eu pretendo dar uma solução definitiva nessas dívidas do Estado.
Segundo Skaf, se eleito, ele ira quitar essas dívidas.
— A solução é pagar para quem tem direito. Existem aproximadamente 11 bilhões de precatórios alimentares, de valores menores. Essas pessoas precisam receber. A solução é o pagamento do precatório.
O empresário explicou que hoje o Estado tem verba de cerca de R$ 2 bilhões para o pagamento, mas comentou que acredita ser possível cumprir essa meta.
— Há necessidade de aumentar isso. Temos que encontrar caminhos para que as pessoas recebam seus direitos.
A morosidade do sistema judiciário também foi lembrada pelo empresário.
— Outra questão é a velocidade e a celeridade do poder judiciário. Nós temos que ter, e temos, um poder judiciário independente e forte, porem não célere então há necessidade de investimento. Como governador eu darei todo o apoio para que realmente o poder judiciário tenha seus recursos para investimento em tecnologia, invocação no sentido de ter rapidez no julgamento dos processos e dessa forma atender o interesse das pessoas.
Mais cedo, Skaf havia marcado uma visita ao Bom Prato da região do Brás, no centro da cidade. No entanto, o candidato desmarco a agenda e realizou nesta quinta-feira apenas o encontro na OAB.
Evento
Nesta quinta, além de Skaf, estava prevista a participação dos candidatos Laércio Benko (PHS), Gilberto Natalini (PV) e Wagner Farias (PCB). Na sexta-feira, Geraldo Alckmin (PSDB), Alexandre Padilha (PT), Walter Ciglioni (PRTB), Raimundo Sena (PCO), Gilberto Maringoni (PSOL) confirmaram presença.
Jayme de Oliveira, presidente da Apamagis, agradeceu a presença dos candidatos hoje e destacou a importância do evento.
— Queremos saber o que pensam os candidatos ao governo de São Paulo a respeito do poder judiciário. É a primeira vez que essas três entidades se reúnem para colocar a pauta da Justiça como centro de discussões dos candidatos ao governo de São Paulo.
Marcos da Costa, presidente da OAB-SP, também destacou a iniciativa.
— A ideia de unir advocacia, a magistratura, o MP é a certeza de que, juntos, nós podemos fazer com que a justiça entre na pauta do debate eleitoral.