A ex-senadora Marina Silva, vice na chapa do PSB à Presidência da República, prestou uma homenagem, nesta terça-feira (19), ao ex-governador Eduardo Campos, após a missa de sétimo dia da morte do socialista que foi celebrada em Brasília.
Apesar de ainda não ter sido oficializada como substituta de Campos como candidata do PSB à Presidência da República, Marina já assumiu postura de quem pretende continuar a campanha política.
Após a cerimônia, que foi realizada na Catedral de Brasília, Marina afirmou que todos os brasileiros reconhecem a grandeza de Eduardo Campos como político e sua tentativa de oferecer alternativa para mudar o Brasil.
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Segundo ela, todos precisam se apropriar desses valores e tentar concretizar os planos que Campos tinha para o País.
— Neste momento, nosso esforço, de todos nós, brasileiros, independentemente de partidos, é de que todo seu esforço, sua trajetória, sua insistência em renovar a política não seja tratada como uma herança, onde cada um pega um fragmento. Mas que seja tratado como um legado. Quanto mais pessoas puderem se apropriar dele maior ele fica, porque se multiplica.
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Poesia
Marina também declamou uma poesia que disse ter escrito há muito tempo e que também recitou para a viúva Renata Campos após a tragédia que matou Eduardo Campos na última quarta-feira (13).
Depois do poema, que tem cunho religioso e fala sobre a fragilidade do homem, ela deixou claro que pretende continuar na campanha política.
— Possamos nos levantar do pó para fazer o melhor vaso que temos, pela democracia, pela sustentabilidade, pela renovação da política e pelos melhores propósitos de que o Brasil seja um País mais justo para criarmos nossos filhos e netos e as gerações que virão.
Novo vice
A nova chapa do PSB para a disputa da Presidência deve ser oficializada nesta quarta-feira (20). Nesta terça, o partido está reunido nas executivas regionais para definir o nome.
O presidente do partido, Roberto Amaral, não participou da missa em Brasília porque está em Recife, conduzindo as reuniões por lá. Em Brasília, o partido também deve se reunir para chegar indicar um nome.
O mais cotado para compor a chapa com Marina é o líder do PSB na Câmara, deputado Beto Albuquerque (RS). De acordo com a senadora Lídice da Mata (PSB-MA), a discussão sobre o vice ainda está em aberto. A única certeza, segundo ela, é de que Marina será a cabeça da chapa.
— Nem é necessário concordância [com o legado de Eduardo Campos]. A postura de Marina já é uma concordância.
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