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Deputado gaúcho é favorito para assumir a vaga de vice na chapa de Campos

PSB vai oficializar nova chapa à Presidência apenas na quarta-feira (20)

Eleições 2014|Diego Junqueira, enviado especial do R7 ao Recife

Beto Albuquerque deve ser vice
Beto Albuquerque deve ser vice Beto Albuquerque deve ser vice

O deputado federal Beto Albuquerque, candidato do PSB à vaga de senador pelo Rio Grande Sul, é o favorito no partido para assumir a vaga de vice na chapa de Marina Silva à Presidência da República. Ambos e a cúpula da legenda estiveram juntos em Recife, neste domingo (17), para o enterro do ex-governador pernambucano Eduardo Campos.

Após a morte de Campos, em um acidente aéreo em Santos, o partido já definiu a escolha de Marina para encabeçar a coligação. Mas falta ainda resolver o posto de vice.

A decisão será oficializada somente na quarta-feira (20), quando lideranças do partido se reúnem em Brasília, mas começará a ser desenhada nesta segunda-feira (18), antes de a cúpula pessebista deixar Recife.

O nome de Albuquerque será discutido durante um encontro e, em seguida, as lideranças irão debater as alternativas nos Estados na terça-feira (19). No dia seguinte, na capital federal, a nova chapa será oficializada.

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O gaúcho esteve durante todo o dia ao lado da família do ex-governador. Após o sepultamento, Albuquerque foi o político que mais gritou palavras de apoio à viúva.

— Vamos, Renata. Força, estamos juntos. Estamos juntos. Vamos lá.

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A aprovação de Renata vem sendo tratada como decisiva pelo partido, porque ela deve cobrar militantes hoje para que eles mantenham de pé o projeto e o legado de Campos.

Apesar disso, o vice-presidente do PSB, Roberto Amaral, não respondeu a nenhuma pergunta sobre a indicação do candidato a vice. Ele chegou a demonstrar um pouco de irritação com os jornalistas.

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— O futuro da coligação tem hora e data: 15h de quarta-feira. Eu vim hoje aqui enterrar o meu amigo.

Enterro

Mais de 100 mil pessoas foram às ruas de Recife neste domingo (18) para prestar homenagens a Eduardo Campos. Pela manhã, autoridades estiveram no Palácio do Campo das Princesas para o velório. Foi realizada uma cerimônia religiosa por volta das 10h. A presidente Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, governadores, prefeitos e outros políticos estiveram presentes.

Por volta das 16h30, o caixão de Eduardo Campos seguiu em carro aberto em cortejo de aproximadamente 2 km até o cemitério de Santo Amaro. Ele foi sepultado ao lado do tio, Carlos Augusto Arraes de Alencar, além do avô, Miguel Arraes — que também já governou o Estado e morreu em 2005, exatamente no mesmo dia que o neto: 13 de agosto.

Junto com o corpo, no caminhão, estavam quatro dos cinco filhos de Eduardo Campos, a viúva Renata Campos, a mãe dele, Ana Arraes, e também a candidata a vice na chapa do PSB, Marina Silva.

O cortejo de 2 km até o cemitério arrastou milhares de pessoas — uma boa parte delas ainda estava na fila para o velório.

Centenas de pessoas aguardavam no cemitério de Santo Amaro para acompanhar de perto o enterro. Renata e os filhos vestiam uma camiseta branca com a frase “não vamos desistir do Brasil”, a mesma dita pelo candidato em sua última entrevista, no dia anterior à morte. 

Dois filhos de Eduardo (João e Pedro) ajudaram a carregar o caixão no cemitério. Eles usavam chapéus de palha, uma espécie de símbolo da família Arraes e uma forma de homenagear o pai e o bisavô. Antes que o corpo descesse, Renata e os quatro filhos se aproximaram para o último adeus. O caçula, Miguel, de sete meses, não esteva no enterro.

Durante cerca de 20 minutos, uma rajada de fogos de artifício homenageou o político. O filho João puxou o grito: "Eduardo, guerreiro do povo brasileiro", repetido por quem estava no cemitério. O Hino Nacional também foi cantado durante o sepultamento.

Após o caixão descer, Renata e os quatro filhos ficaram abraçados até que o enterro fosse concluído.

Campos foi o último dos seis mortos no acidente a ser sepultado. Durante a tarde, foram enterrados: o piloto e o copiloto, em Maringá (PR) e Governador Valadares (MG), respectivamente; o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho, em Recife; o cinegrafista Marcelo Lyra, em Paulista (PE), mesmo local onde o fotógrafo Alexandre Severo foi cremado. O sepultamento do assessor político Pedro Valadares foi feito em Aracaju (SE).

O acidente

A trágica morte de Eduardo Campos e de outras seis pessoas interrompeu a campanha ao Palácio do Planalto desde quarta-feira (13). O horário eleitoral na TV e no rádio começa na terça-feira (19). O PSB tem até o dia 23 para definir quem irá compor a nova chapa. Os dois primeiros programas se dedicarão a homenagens a Campos.

Marina Silva já é certa como a nova candidata à Presidência. Resta o nome do vice. O partido se reunirá na quarta-feira (20), em Brasília, para oficializar a decisão.

Na manhã de quarta-feira, o jatinho com o candidato decolou do aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino à Base Aérea de Santos, no litoral de São Paulo. Ele cumpriria agenda de campanha na região e, à tarde, gravaria programas eleitorais na capital paulista.

O tempo estava fechado e chuvoso na hora em que o jatinho chegou ao aeroporto. A última comunicação do piloto com o controle aéreo foi para informar que ele iria arremeter o pouso. A voz dele era tranquila. Logo após esse contato, a aeronave caiu em um bairro residencial da cidade.

Dez pessoas ficaram feridas, sem gravidade. Algumas testemunhas relataram que viram a aeronave em chamas antes de cair. A força do impacto abriu uma cratera no chão. Os trabalhos do Corpo de Bombeiros, de peritos e da Força Aérea no local duraram três dias. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Federal e pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). 

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