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Saiba como foram os últimos momentos de Eduardo Campos

Após agenda de compromissos, Campos jantou na companhia da mulher e de assessores 

Eleições 2014|Do R7

Eduardo Campos morreu três dias após completar 49 anos
Eduardo Campos morreu três dias após completar 49 anos Eduardo Campos morreu três dias após completar 49 anos

Nas últimas 24 horas de vida, Eduardo Campos (PSB), que disputava a Presidência da República tendo Marina Silva como vice, repetiu diversas vezes no Rio de Janeiro suas principais bandeiras de campanha. Seja em conversa com o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, ou em entrevistas na TV, o ex-governador de Pernambuco falou sobre seu objetivo de transformar a segurança pública no País, de oferecer escola integral e de reservar maior verba para a saúde.

Campos passou suas últimas horas acompanhado pela mulher, Renata Campos, que começou a namorar ainda na adolescência, e pelo mais novo de seus cinco filhos, o bebê Miguel. O casal se despediu horas antes da morte do candidato, quando Renata seguiu com o filho para Recife e Eduardo Campos foi para Santos, no litoral paulista, onde houve o acidente.

Três horas antes da queda do avião, Campos teve a última conversa com seu irmão Antônio Campos, por telefone, quando falou que havia ficado empolgado com o desempenho que teve nas entrevistas no dia anterior. Ainda que estivesse em terceiro lugar nas pesquisas de intenções de votos e precisasse de uma arrancada para alcançar o segundo turno, o candidato não perdia o entusiasmo e, segundo pessoas próximas, falava sempre como se a vitória estivesse muito perto.

Em seu primeiro compromisso de campanha após chegar ao Rio de Janeiro na terça-feira (12), Campos se encontrou com o arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, às 15h30. Acompanhado por Marina Silva, ele falou sobre melhorar a segurança pública no País.

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— Precisamos reduzir essa violência e essa é uma tarefa do Estado brasileiro, dos Estados e dos municípios, mas também da sociedade — declarou o candidato no encontro.

No início da noite, Campos e Marina estiveram com deputado federal Walter Feldman (PSB) em um apartamento no Rio, onde gravaram uma propaganda para TV. Mais tarde, às 20h30 de terça-feira, Campos deu entrevista ao vivo à TV Globo, na zona sul do Rio, e reafirmou algumas de suas metas durante o programa Jornal Nacional.

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— Não vamos desistir do Brasil. É aqui onde nós vamos criar nossos filhos, é aqui onde nós temos que criar uma sociedade mais justa. Para isso, é preciso ter a coragem de mudar, de fazer diferente. De reunir uma agenda. A agenda da escola integral para todos os brasileiros. A agenda do passe livre [para estudantes]. A agenda de mais recursos para a saúde, a agenda do enfrentamento do crack, da violência. O Brasil tem jeito, vamos juntos, eu peço seu voto.

Em seguida, gravou entrevista para o canal TV a cabo Globo News, veiculada às 22 horas. Foi a última entrevista de Campos. Em seguida, o candidato perguntou se Marina Silva gostaria de viajar com ele no dia seguinte em um jatinho alugado pela campanha até Guarujá, no litoral paulista. A candidata a vice, no entanto, teria dito que preferiria pegar um voo comercial para a capital de São Paulo, para adiantar a gravação do programa político de TV.

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Campos morre no mesmo dia em que o avô Miguel Arraes 

Veja fotos do local do acidente em Santos (SP)

Depois da sabatina na TV, o candidato foi jantar com a mulher, levando o caçula Miguel, e assessores mais próximos em um restaurante próximo ao Arpoador, na divisa entre os bairros de Copacabana e Ipanema, na zona sul do Rio. Estavam hospedados no hotel próximo, o Sofitel. À noite, e ao sair, às 7h30 da manhã de quarta (13), Campos cumprimentou todos os funcionários. Ele se despediu da mulher, do filho, e embarcou em uma aeronave de modelo Cessna 560 XL, que decolou do aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, exatamente, às 9h21 de quarta-feira.

Às 10h, os pilotos Geraldo Cunha e Marcos Martins não conseguiram pousar no aeroporto do Guarujá, devido ao mau tempo. A aeronave arremeteu, iniciou o contorno para tentar uma nova aterrissagem. No entanto, quatro quilômetros distante da cabeceira da pista, na altura do bairro do Boqueirão, em Santos, o avião caiu. Além dos dois pilotos e de Eduardo Campos, estavam a bordo Alexandre Severo (fotógrafo oficial da campanha), Marcelo Lira (cinegrafista), Pedro Valadares (ex-deputado e assessor do candidato) e Carlos Augusto Maciel Filho (assessor de imprensa).

Por uma coincidência trágica, exatamente nove anos antes, em 2005, no mesmo dia (13 de agosto), morreu o avô de Eduardo Campos, Miguel Arrais, de quem Campos era herdeiro político.

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