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Atrás nas pesquisas, Freixo parte para ataques a Crivella no último debate na TV

Candidato do PSOL adotou tom agressivo contra estratégia propositiva de Crivella

Eleições 2016|Do R7

Candidatos participaram do último debate antes do segundo turno
Candidatos participaram do último debate antes do segundo turno Candidatos participaram do último debate antes do segundo turno

Atrás nas pesquisas eleitorais, o candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), partiu para o ataque contra Marcelo Crivella (PRB) no último debate, realizado na TV Globo na noite desta sexta-feira (28), a dois dias do segundo turno das eleições. Enquanto grande parte das perguntas elaboradas pelo psolistas continha acusações, Crivella mirou questões sobre programa de governo.

A mais recente pesquisa, o levantamento do Ibope divulgado na quinta-feira (27), mostra o candidato Marcelo Crivella na liderança da corrida à Prefeitura do Rio de Janeiro com 61% dos votos válidos contra 39% de Marcelo Freixo.

Freixo abriu o debate questionando Crivella sobre vídeo em que ele cita uma passagem bíblica, sobre a criação da mulher a partir da costela de Adão, e acusando o candidato do PRB de misoginia.

Crivella rebateu que seu “casamento é a melhor resposta disso. Sou casado há 36 anos. Se não tratasse bem as mulheres, conseguiria manter meu casamento?” e emendou proposta de realização de PPP (Parceria Público-Privada) para suprir déficit de 20 mil vagas em creches na capital fluminense. O psolista disse que a proposta não deu certo em Belo Horizonte ao que Crivella discordou, dizendo que o custo do projeto seria amortizado em 20 anos.

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Ao ser questionado sobre o que fará, se eleito, para evitar obras superfaturadas ou acidentes, como o desabamento de ciclovia na orla carioca em abril passado, Freixo disse que não vai fazer alianças com Anthony Garotinho (PR), Rodrigo Bethlem e Roberto Jefferson (PTB) e garantiu que todo seu secretariado será técnico. Segundo ele, sua aliança é “com a população, sendo essa a maior garantia de qualidade” nas obras.

O candidato do PRB afirmou que “não quer leiloar cargos” e que tampouco fez as alianças citadas por Freixo. Crivella afirmou que há uma legislação para evitar superfaturamentos, mas que ela não garante a segurança quanto a possíveis acidentes. Ele propôs que, para obras grandes ou com acesso da população, uma empresa de consultoria confira o cálculo estrutural para evitar acidentes.

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Freixo voltou a relacionar o candidato do PRB à Igreja Universal. Crivella respondeu que o psolista estaria “obcecado” pelo tema, mas que o eleitor está preocupado com os problemas da cidade “e não com a minha religião”. Freixo disse então que Crivella faltou a debates e a entrevistas e atribuiu ao candidato do PRB o que chamou de “fanatismo político e religioso”. Crivella rebateu dizendo que as acusações da campanha de Freixo no horário eleitoral renderam direitos de resposta e frisou que o eleitor quer discutir a cidade: “Quero voltar aos termos que realmente interessam para nós, que é gerar mais emprego, você [eleitor] não quer saber de religião, você quer saber de emprego”.

Durante embate sobre política para animais, Crivella procurou sublinhar a estratégia agressiva adotada por Freixo no debate. Após o psolista listar suas propostas para a área — como unidades de castração móvel, parceria com a Suipa (entidade de proteção dos animais) e o uso do zoo como centro de estudos de zoonoses —, Crivella disse que as propostas são “perfeitas” e que Freixo fica “encantador” quando abre mão de ataques. Freixo rebateu dizendo que quer “cuidar dos animais e da democracia”, reiterando ter ido a todas as entrevistas e acusando Crivella de “espalhar mentiras”. Nas considerações finais, Crivella justificou que faltou a entrevistas porque a licença que tirou no Senado, para fazer a campanha, chegou ao fim e, por isso, ele precisou voltar à Casa.

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Ao ser questionado pelo candidato do PRB sobre a qualidade do sistema BRT, Freixo defendeu a retirada de poder das mãos dos empresários de ônibus e perguntou a Crivella como ele pretende fazer isso. O candidato do PRB disse que, se vencer as eleições, os empresários de ônibus não vão mandar em seu governo e ironizou dizendo que, apesar de ser defensor dos direitos humanos, o psolista quer que Bethlem “fique preso em casa": "A praça é pública”, acrescentou. Freixo também respondeu com ironia — “Bethlem estava passando e subiu no seu palanque?” — e ainda lembrou episódio em que declaração do ex-deputado federal favoreceria as viações.

Reportagem da revista Veja também foi citada por Freixo, além de recente episódio envolvendo a viúva do ajudante de pedreiro Amarildo. O psolista lembrou ainda do arquivamento pela Justiça de denúncia de que Crivella teria duas empresas em paraísos fiscais. O candidato do PRB respondeu que um defensor dos direitos humanos não pode acusar sem provas e que, apesar do que chamou de “dilúvio de injúrias”, Crivella mantém a vantagem sobre Freixo nas pesquisas.

— Se foi arquivado [o processo] é porque não tinha provas. O Freixo quer ser meu biógrafo.

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