A Comissão Europeia (CE) solicitou nesta segunda-feira (25) aos países da União Europeia (UE) que recomendem não viajar de ou para áreas de alto risco de expansão da pandemia do coronavírus, diante da chegada das variantes mais contagiosas em vários Estados-membros.
Bruxelas pede aos governos europeus "consistência" na aplicação dessas medidas, de modo que seja recomendado evitar viagens entre países, mas também dentro do próprio território, disse o comissário da UE para Justiça, Didier Reynders, em entrevista coletiva.
Além disso, para as chegadas de viajantes de fora da UE, a Comissão recomenda que os países realizem um teste PCR negativo realizado antes da viagem e, para os países onde foi detectada uma variante mais preocupante do vírus, medidas como auto-isolamento, quarentena e acompanhamento de casos até 14 dias após a chegada.
"A Comissão propõe que todas as viagens não essenciais sejam fortemente desencorajadas até que a situação epidemiológica tenha melhorado significativamente. Ao fazê-lo, os Estados-membros devem garantir a consistência com as medidas que aplicam para viajar dentro de seu próprio território", disse a CE em um comunicado.
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Bruxelas assinala que esta recomendação é especialmente dirigida às regiões europeias com uma incidência cumulativa superior a 500, às quais se propõe atribuir uma cor vermelha escura no mapa do Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) para monitorar a expansão dos casos.
A CE aponta que as pessoas que chegam dessas áreas devem ser obrigadas a apresentar um teste negativo antes da viagem e a obrigação de quarentena no país de destino.
Em qualquer caso, Reynders disse que Bruxelas endossa que as viagens não são totalmente proibidas e, em vez disso, medidas como quarentenas ou a apresentação de um teste negativo são usadas, uma vez que a UE "não pode permitir a interrupção de viagens essenciais, as cadeias produtivas e a distribuição de vacinas".