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Criticando negociações com Hamas, ex-chanceler Livni volta à política israelense

Eleições estão marcadas para 22 de novembro

Internacional|Do R7

Tzipi Livni estava longe da política havia sete meses
Tzipi Livni estava longe da política havia sete meses Tzipi Livni estava longe da política havia sete meses

A ex-ministra israelense das Relações Exteriores e e ex-líder do partido centrista Kadima, Tzipi Livni, anunciou nesta terça-feira seu retorno à política e a criação de um novo partido de centro, depois de quase sete meses de ausência.

"Eu decidi voltar à política e criar um partido político que nomeei de 'O Movimento'", declarou Livni em uma coletiva de imprensa, a menos de dois meses das eleições de 22 de janeiro de 2013.

Livni, 54 anos, criticou o governo de direita de Benjamin Netanyahu por sua atuação durante as recentes hostilidades em Gaza e na gestão da questão palestina.

"Tudo está de cabeça para baixo. Está claro que o Hamas (no poder em Gaza) não enfraqueceu militarmente, ao contrário, foi fortalecido politicamente (pela ofensiva israelense)", considerou.

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"O atual governo está negociando com o Hamas que realizou ataques contra Israel (...) e congela qualquer diálogo com aqueles que tentam impedir os ataques", acrescentou, em referência à Autoridade Palestina de Mahmoud Abbas.

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— Por causa deste mesmo governo, que se recusa a dizer as palavras 'dois Estados', nós vamos obter esta semana um Estado na ONU. Nós já tínhamos um Estado do Hamas em Gaza.

Livni reiterou o seu compromisso com um "Estado judeu e democrático", um mantra para esta experiente diplomata israelense durante o governo de Ehud Olmert, convencida da necessidade de uma divisão territorial com os palestinos para preservar a democracia israelense.

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Segundo a imprensa israelense, a nova lista vai incluir seus apoiadores de seu ex-partido de centro-direita e personalidades como o general aposentado Yitzhak Ben Israel e o ex-embaixador israelense na França, Danny Shek.

Em 1º de maio, ela anunciou sua demissão do Parlamento, um mês depois de ser derrotada nas primárias do Kadima.

"Israel está em um vulcão. O relógio internacional não para e a existência de Israel como um Estado judeu e democrático está em perigo de morte", lançou antes de apresentar sua renúncia ao presidente do Parlamento, Reuven Rivlin.

O retorno de Livni ocorre no dia seguinte ao anúncio surpresa da aposentadoria do ministro da Defesa, Ehud Barak, ex-líder do Partido Trabalhista ligado ao chefe do governo Benjamin Netanyahu.

Esta advogada fez sua carreira política no Likud (direita), que deixou no final de 2005 para se juntar a Ariel Sharon, fundador do Kadima.

Ela, então, tomou à frente do Kadima em 2009, substituindo o primeiro-ministro Ehud Olmert, que renunciou após escândalos de corrupção.

Livni, que se apresenta como uma personalidade íntegra, renunciou ao sonho da "Grande Israel" e defende a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, mesmo que exigindo a manutenção dos assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada.

Seus críticos a acusam de inexperiência e de não ter a estatura de um líder para a segurança de Israel.

Oscilando entre a pomba e o gavião, ela tinha tomado uma posição mais firme na anterior ofensiva devastadora realizada pelo exército israelense em Gaza contra o Hamas.

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