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Eleições no Peru: Júri cancela novo prazo para anulação de votos

Nova decisão foi tomada após horas de grande tensão política e críticas principalmente por parte do candidato Pedro Castillo

Internacional|Da EFE

Candidato à presidência do Peru, Pedro Castillo, critica Júri Nacional de Eleições do Peru
Candidato à presidência do Peru, Pedro Castillo, critica Júri Nacional de Eleições do Peru Candidato à presidência do Peru, Pedro Castillo, critica Júri Nacional de Eleições do Peru

O Júri Nacional de Eleições do Peru (JNE) reverteu nesta sexta-feira (11) a decisão de prorrogar o prazo para aceitar pedidos de anulação de votos das eleições presidenciais realizadas no último domingo, que o órgão havia tomado poucas horas antes.

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A nova decisão foi tomada após horas de grande tensão política e críticas ao JNE, especialmente do candidato presidencial Pedro Castillo e seu partido, Peru Livre, que alertaram sobre um "golpe de estado" na manobra inicial do órgão.

De acordo com a imprensa peruana, o JNE "reconsiderou" a decisão, que nunca foi publicada oficialmente, e em uma nova votação concordou em manter o prazo inicial estabelecido para receber reclamações para anular os registros eleitorais - às 20h da última quarta-feira.

Em sua argumentação para esta mudança, os membros do JNE citaram uma decisão anterior da Corte Constitucional que estabeleceu que as regras eleitorais são "peremptórias e exclusivas", ou seja, obrigatórias e estritamente sujeitas aos prazos em vigor no momento de sua aplicação.

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Os quatro membros do JNE votaram por esta "reconsideração" por placar de 3 a 1, com o único voto negativo do procurador supremo Luis Arce, que foi quem primeiro propôs estender a margem em 48 horas para aceitar pedidos de anulação.

Entenda a situação eleitoral do Peru

As idas e vindas do JNE, a mais alta autoridade eleitoral do Peru, aconteceram depois que a candidato de direita Keiko Fujimori denunciou, sem nenhuma prova confiável, que houve "fraude no local de votação" durante o segundo turno das eleições por parte do partido Peru Livre, de Castillo, e anunciou a intenção de pedir a anulação de 804 urnas correspondentes a cerca de 200 mil votos.

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No entanto, apenas uma fração desse número - a imprensa peruana estimou em 151 urnas - foi submetida a tempo aos júris eleitorais especiais regionais (JEE), que analisam as alegações em primeira instância.

Cerca de 14 pedidos de anulação de urnas apresentados pelo Peru Livre também entraram a tempo de serem analisados.

Com 99,61% dos votos contabilizados até o momento, Pedro Castillo lidera a apuração com 8.821.006 votos, contra 8.761.171 de Keiko Fujimori.

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