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Esposa de Ledezma fará tour para denunciar situação de seu marido

"Continuaremos trabalhando para gritar ao mundo o que estão fazendo com Antonio"

Internacional|

Prefeito de Caracas foi preso por acusações de envolvimento em tentativa de golpe de estado
Prefeito de Caracas foi preso por acusações de envolvimento em tentativa de golpe de estado Prefeito de Caracas foi preso por acusações de envolvimento em tentativa de golpe de estado

Mitzy Capriles, esposa do prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, preso acusado de participação em um plano golpista contra o governo da Venezuela, disse nesta terça-feira que fará uma tour internacional para denunciar a situação de seu marido.

"Penso em ir onde for necessário. É preciso haver uma agenda internacional, não pode ser de outra maneira. Temos que estar fisicamente onde for necessário", comentou Mitzy em entrevista à Agência Efe.

Ledezma foi detido na quinta-feira por funcionários do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) na sede de seu partido, no bairro de Rosal, e na sexta-feira foi formalmente acusado de conspiração e formação de quadrilha, depois de ser vinculado a um suposto plano golpista junto de outros opositores.

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"Com toda segurança continuaremos trabalhando dentro da Venezuela e fora para continuar gritando ao mundo o que estão fazendo com Antonio", comentou.

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Um tribunal determinou como centro de reclusão de Ledezma a prisão militar de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, o mesmo lugar onde estão detidos o líder opositor do partido Vontade Popular Leopoldo López e o ex-prefeito de San Cristóbal, Daniel Ceballos.

Mitzy assinalou que Ledezma "vinha sendo perseguido há exatamente três semanas e meia" durante o dia todo, e decidiu "enfrentar aqui (na Venezuela) qualquer absurda acusação com o qual o quisessem acusar".

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Seu advogado, Omar Estacio, garantiu que o prefeito foi detido por uma confissão de um militar preso, "que o incriminou sob tortura" dentro de um plano golpista contra o presidente Nicolás Maduro.

Segundo sua esposa, Ledezma não conhece nem teve esta "suposta relação" com esse militar, e isso é a "parte principal do processo" aberto contra ele. "Sabemos que Leopoldo (López) acaba de completar um ano preso. Tem um ano que não puderam demonstrar absolutamente nada do que o acusam.

Esperemos que respeitem a defesa de Ledezma", apontou. Salvo EUA, Chile e Colômbia, os governos na América Latina se mantiveram em silêncio sobre a detenção do prefeito de Caracas, embora Brasil, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) tenham mostrado preocupação.

No entanto, a União Europeia (UE) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) manifestaram hoje "alarme" e "profunda preocupação" com a situação na Venezuela, da mesma forma que líderes políticos como o ex-presidente costa-riquenho Oscar Arias e o ex-presidente do governo espanhol José María Aznar.

"Se o senhor disser um país, esse país com toda segurança, em que deputados ou senadores ou forças vivas desse país se manifestaram contra, esta é uma notícia que está soando no mundo todo como algo insólito", afirmou a esposa de Ledezma.

Para Mitzy, seu marido é "outro preso político do governo venezuelano que sentiu a dor de um opositor ganhar na cidade de Caracas, na capital". "Em termos gerais (a perseguição) não é só por Antonio Ledezma, é por qualquer líder opositor que diga que isto não está funcionando, como Leopoldo López, Maria Corina Machado ou Julio Borges, que está a ponto que tirarem sua imunidade parlamentar", expressou.

A ex-deputada Machado, López e Ledezma propuseram em 11 de fevereiro através de um comunicado um "Acordo Nacional para a Transição" na Venezuela para "sair da crise em todos os âmbitos", que apresentou um cronograma de "ações concretas que busca começar a reconstrução do país".

Este comunicado foi condenado por Maduro, que acusou a publicação do documento de ser o sinal que os militares golpistas esperavam para iniciar um ataque aéreo contra alvos oficiais, incluindo o local em que ele se encontrasse.

A esposa do prefeito opositor negou que esse documento seja "um sinal de tal plano golpista" e afirmou que, pelo contrário, é "perfeitamente constitucional". "Em que parte da Constituição diz que isto que aparece no manifesto é ilegal? Em nenhuma", assinalou.

"Antonio Ledezma tem que sair livre porque o governo sabe que do que o acusam é mentira, isso não existe, Antonio Ledezma é o prefeito metropolitano da cidade de Caracas", ressaltou.

Maduro reiterou no domingo que "acabou o jogo" dos opositores que participam do sistema democrático e ao mesmo tempo desenham planos golpistas, e que o peso da justiça cairá sobre eles mesmo que "os gringos chiem".

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