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EUA restringem vistos ao Talibã por repressão contra estudantes afegãs

Secretário de Estado norte-americano acusa Afeganistão de proibir meninas com mais de 11 anos a frequentarem escolas

Internacional|

Membros do Talibã carregam 'nova' bandeira do Afeganistão
Membros do Talibã carregam 'nova' bandeira do Afeganistão Membros do Talibã carregam 'nova' bandeira do Afeganistão

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, anunciou nesta terça-feira (11) que os vistos americanos serão restringidos aos talibãs e ex-integrantes do movimento que possam estar envolvidos na repressão de mulheres e meninas, o que inclui a falta de acesso à educação.

Em comunicado, Blinken explicou que estas restrições também se aplicarão aos parentes diretos dos talibãs designados pelo governo dos EUA. O Departamento de Estado não especificou quantas pessoas são afetadas por esta medida, nem forneceu mais detalhes.

"Apesar das garantias públicas de que respeitariam os direitos humanos de todos os afegãos, os talibãs emitiram e aplicaram uma série de políticas ou decretos que proíbem as mulheres e meninas de participarem plena e efetivamente na vida pública", disse o chefe da diplomacia dos EUA.

Neste contexto, Blinken disse que o Afeganistão é o único país do mundo onde as estudantes com mais de 11 anos de idade não podem ir à escola e não têm perspectivas de ver o cenário mudar no curto prazo.

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"Instamos outros governos a se juntarem a nós para adotar ações semelhantes para enfatizar a mensagem coletiva de que só um governo que representa todas as pessoas, protege e promove os direitos humanos de todos os indivíduos no Afeganistão pode ser considerado legítimo", declarou.

De acordo com funcionários do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a proibição de meninas e mulheres no Afeganistão de frequentarem a escola a partir do ensino secundário não está sendo aplicada de forma linear em todo o país.

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Os fundamentalistas reabriram todas as unidades de ensino, exceto as escolas secundárias femininas, depois de todas os colégios terem sido fechados devido à instabilidade relacionada com a ascensão ao poder do grupo há pouco mais de um ano.

A queda de Cabul para os talibãs em agosto de 2021 foi um revés para os direitos humanos das mulheres no Afeganistão, com meninas adolescentes proibidas de frequentar a escola, segregação de gênero em locais públicos, proibição de viajar sem véu e a obrigação de serem acompanhadas por um parente masculino em longas viagens.

Apesar das promessas de mudança, os talibãs repetiram o comportamento do regime anterior, entre 1996 e 2001, quando, com base em uma interpretação rígida do islã e do rigoroso código social conhecido como Pashtunwali, proibiram a frequência feminina nas escolas e confinaram as mulheres no lar.

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